Com greves, universidades paulistas têm reserva orçamentária de R$ 3 bi
Universidades estaduais de São Paulo contam com reserva orçamentária de R$ 3 bilhões enquanto enfrentam greves e crise financeira. A estimativa é do governador paulista, Geraldo Alckmin, que divulgou o número ao ser questionado sobre a queda nos repasses.
Atualmente, USP, Unesp e Unicamp dividem cerca de 10% da arrecadação do ICMS, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
O governador Geraldo Alckmin afirmou ao repórter Tiago Muniz que as universidades têm total liberdade para gerir os recursos que recebem: “é o assunto da universiadde debater se ela pode fazer parcerias. Cabe a ela discutir. Isso é transitório. As universidades têm uma grande reserva técnica. Elas devem ter perto de R$ 3 bilhões. Elas têm autonomia financeira, administrativa e pedagógica”.
A USP prevê um rombo de R$ 868 milhões neste ano, grande parte por conta da queda da arrecadação do ICMS decorrente da crise.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Marcelo Pablito, afirmou que o Estado e as instituições precisam buscar outros meios de financiar a educação. “Ao aumentar o número de estudantes sem o aumento do repasse de verba, obviamente que isso vai levar a situação de crise na universidade”, alegou.
No caso da USP e da Unicamp, os professores encerraram as greves e os funcionários técnico-administrativos seguem paralisados. O reajuste oferecido é de 3% e os grevistas pedem 12%; já a situação na Unesp varia de acordo com cada campus.
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