Com onda de assaltos a carros-fortes, secretário defende ação do exército

  • Por Jovem Pan
  • 21/12/2015 13h08
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RICARDO TRIDA/AE/AE Tentativa de assalto a carro-forte termina com dois mortos e um ferido em Santo André

 Segurança nas fronteiras do Brasil é precária e especialistas defendem presença maior das Forças Armadas em ações de patrulhamento. A vigilância ineficiente do território brasileiro facilita o contrabando e amplia o acesso das quadrilhas a armamentos pesados.

Nas últimas duas semanas, a capital paulista e a região metropolitana de São Paulo registraram três assaltos a carros-fortes. Em todos os ataques, os criminosos utilizaram armas de grosso calibre, capazes de perfurar veículos blindados ou até mesmo derrubar aviões.

Falando a Tiago Muniz, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, diz que é preciso maior rigor contra os criminosos. Alexandre de Moraes atribui a proliferação de crimes cada vez mais ousados à falta de fiscalização nas fronteiras: “Isso se deve basicamente ao fato das nossas fronteiras estarem absolutamente desguarnecidas, mas há a necessidade de nós retornarmos à utilização das forças armadas para as fronteiras, seja a seca, onde entra o maior número de armas, seja do mar territorial”. Moraes chama atenção para a fronteira com o Paraguai, que concentra ao menos 16 rotas do tráfico internacional de armas.

Diante da situação crítica, o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores em Segurança e Transporte de Valores, José de Souza Lima, é categórico: “Exército vai defender o Brasil dentro de Barueri, dentro de Campinas? Não, vai defender nas fronteiras, onde está o crime organizado transitando para lá e para cá livremente”.

O Plano Estratégico de Fronteiras, lançado pelo Exército em 2011, conta com a participação da Marinha, Aeronáutica e diversos órgãos federais. Desde julho deste ano, uma operação conjunta no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul atua no combate aos chamados crimes transnacionais.

Uma auditoria recente do Tribunal de Contas da União mapeou uma série de falhas nos sistemas de vigilância dos acessos ao país. O TCU alertou autoridades federais que os problemas identificados são uma ameaça à segurança da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

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