Com plenário tumultuado, votação das pedaladas fiscais é adiada

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2016 13h24
Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) realiza reunião para apreciar, entre outros itens, relatórios de prestação de contas, de gestão fiscal e de avaliação de receitas e despesas. Em destaque, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) Foto: Roque de Sá/Agência Senado Roque de Sá / Agência Senado Comissão Mista de Planos

 O governo formou maioria para aprovar na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, com ressalvas, as contas da presidente Dilma Rousseff em 2014, as chamadas pedaladas fiscais.

O Tribunal de Contas da União indicou para o Congresso a rejeição das contas, que é um forte argumento do pedido de impeachment da presidente, que está na Câmara e foi apresentado pelo PSDB e DEM. A comissão ficou tumultuada já que, prevendo a derrota, deputados e senadores da oposição decidiram obstruir o funcionamento do plenário.

O relator das pedaladas fiscais no TCU, o ministro Augusto Nardes, disse que fez o que podia no Tribunal e que agora a responsabilidade é do Congresso: “Bem, o Congresso é soberano para tomar a decisão. Eu fiz a minha parte, com 8 votos a zero, ou seja, unanimidade, nos fizemos a nossa parte, agora o Congresso é uma casa política. Vão tomar a decisão e responder por isso junto ao eleitor. Eu já fui parlamentar e a consequência é depois junto ao eleitor que vai fazer uma avaliação. O Congresso tem total autonomia, não me sinto desprestigiado, sinto estar cumprindo com meu dever de casa, de mostrar as contas da República. Cabe ao Tribunal ver as contas e fizemos isso com muita capacidade, autonomia e independência”.

O relator na Comissão de Orçamento, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), considera que rejeitar as contas de Dilma pelas pedaladas fiscais seria também incriminar governadores que fizeram o mesmo e os munícipios pelo não cumprimento de metas fiscais. A votação das contas da presidente ficou para semana que vem.

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