Com voos para o nordeste, aeronaves em Congonhas deverão adequar peso

  • Por Jovem Pan
  • 15/01/2016 13h34
Paulo Pinto / Fotos Públicas Aeroporto de Congonhas

 O Aeroporto de Congonhas voltará a ter voos para todo o país, após nove anos de restrições. A permissão para voos diretos partindo de Congonhas até capitais do Norte e Nordeste beneficia passageiros, mas deve gerar mudanças. Quando a Anac restringiu as rotas para até 1.500 quilômetros em linha reta, em 2007, o peso das aeronaves foi levado em consideração. A medida havia sido tomada logo após o acidente com o Airbus da TAM, que matou 199 pessoas, na zona sul de São Paulo.

Em entrevista a Daniel Lian, o ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro Mauro Gandra, aponta que os usuários terão mais uma opção: “O usuário, podendo ir para Congonhas, é muito mais conveniente, não tenho dúvida. É uma boa medida, e acho que quando fizeram essa medida o problema operacional foi estudado e está equacionado”.

O presidente do Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil, Décio Correia, acha importante ter ligações diretas entre Congonhas e capitais mais distantes. Mas ele também diz que o terminal está saturado e que o peso das aeronaves terá que ser adequado para voos de longa duração: “O que já está acontecendo nos Estados Unidos e na Europa é que haverá uma limitação maior de bagagem. Cada passageiro vai estar limitado em dois fatores: peso e volume. Isso que você tira do passageiro, pode acrescentar de combustível ou assento ocupado”.

A mudança permitirá ligações diretas entre Congonhas e capitais como Fortaleza e Natal, no Nordeste, e Manaus, na região norte. O aeroporto da Zona Sul de São Paulo manterá 34 movimentos de pousos e decolagens por hora.

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