Condenações de 74 PMs envolvidos no massacre do Carandiru serão reanalisadas

  • Por Jovem Pan
  • 27/09/2016 07h36
Marcelo Camargo/Agência Brasil Cruzes com nomes dos 111 mortos lembram Massacre do Carandiru

Os processos dos 74 policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru, em 1992, serão reanalisados pela Justiça nesta terça-feira (27).

As condenações, que previam penas de 48 a 624 anos de reclusão, serão revistas e correm o risco de serem anuladas.

A defesa dos agentes alega que os processos tiveram nulidades e pede que os julgamentos sejam refeitos.

O advogado que representa os réus afirmou que os procedimentos do Instituto de Criminalística de São Paulo foram repletos de falhas.

Celso Machado Vendramini declarou que apenas alguns dos policiais envolvidos nos crimes foram responsabilizados, enquanto outros culpados não foram sequer denunciados.

“Não foi feito o exame de confronto balístico nos projéteis retirados dos corpos das vítimas com as armas dos policiais militares. Então não tem como você atribuir determinado homicídio a um policial. Porque não foram só eles que entraram no Carandiru. Pegaram uma porção de policiais e responsabilizaram aleatoriamente”, explicou.

Segundo o advogado, as condenações dos réus foram manifestamente contrárias às provas.

O massacre do Carandiru ocorreu no dia 2 de outubro de 1992, após policiais militares invadirem a Casa de Detenção de São Paulo, na Zona Norte da capital paulista, durante uma rebelião dos detentos.

A ação terminou com as mortes de 111 presos.

*Informações do repórter Vitor Brown

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