Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 07/10/2015
O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta quarta-feira (07), você confere aqui:
TSE – Os advogados de defesa da chapa da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, divulgaram hoje um parecer em que sustentam que o Tribunal Superior Eleitoral não tem competência para cassar o mandato dos dois políticos. Ontem, o TSE decidiu abrir uma ação proposta pelo PSDB que pede a cassação da petista e do peemedebista. Os tucanos solicitam que a Justiça Eleitoral apure denúncias de abuso de poder econômico e político e suspeitas de que recursos desviados da Petrobras tenham ajudado a financiar a reeleição de Dilma. Esse processo nada tem a ver com o que falamos, ontem, aqui nos Pingos, quando a ministra Maria Thereza de Assis Moura recusou liminar do PT, autorizando a continuidade da apuração de eventuais irregularidades na prestação de contas da campanha de Dilma. Resumindo, Reinaldo: na Justiça Eleitoral, há duas frentes de investigação, e ambas podem convergir, cada uma por um caminho, para a cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff.
DOAÇÕES – O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta que haverá espaço para que se retome o diálogo sobre o financiamento de campanha por pessoas jurídicas. Isso, porém, só aconteceria depois de votados os vetos da presidente Dilma Rousseff. Na visão do ministro, depois de resolvida essa questão dos vetos, “o jogo continua”. Lembrando, Reinaldo, que a Câmara já aprovou uma PEC que constitucionaliza esse tipo de doações. Ela precisa, agora, ser votada pelo Senado.
AGRIPINO – O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo, autorizou nesta quarta a abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia, presidente do DEM. O parlamentar é suspeito de ter negociado pagamento de propina da empreiteira OAS durante a construção da Arena das Dunas, estádio contrauído para a Copa do Mundo do ano passado. Os indícios surgiram durante as investigações do esquema de corrupção da Petrobras, mas a Procuradoria avalia que não há ligação com a Lava Jato.
INFLAÇÃO – A inflação oficial do país acelerou para 0,54% em setembro, ante 0,22% em agosto. Nos últimos 12 meses, o índice atingiu a marca em 9,49%. Já no acumulado do ano, o IPCA chegou a 7,64%, o maior nível desde 2003 e valor muito acima do teto estipulado pelo governo, que é de 6 e meio por cento. De acordo com o IBGE, o vilão da inflação de setembro foi o botijão de gás, que ficou quase 13% mais caro no mês passado.
MECADANTE – Em discurso hoje em Brasília, o novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que é capaz de suportar críticas “mesmo quando são exageradas e injustas”. O ex-titular da Casa Civil pediu também que as pessoas deem tempo para que o governo da presidente Dilma Rousseff mostre resultados. Ao falar sobre a troca de pasta, Mercadante disse que tem “orgulho de servir esse governo em qualquer função julgada necessária” e que “não se guia por cargos ou honrarias”. Segundo ele, seu mote é “implantar um projeto histórico e servir ao povo brasileiro”.
SENADO X IFI – O Senado rejeitou ontem a criação da Instituição Fiscal Independente, órgão cuja função seria acompanhar as políticas fiscais do Poder Executivo. Por se tratar de uma PEC, eram necessários 49 votos favoráveis, mas apenas 40 senadores apoiaram a proposta, 19 votaram contra e dois se abstiveram. Os parlamentares que se opuseram à PEC afirmaram que esse não é o momento de elevar os gastos públicos. A Instituição Fiscal Independente teria um custo de cerca de 6 milhões e meio de reais ao ano, segundo o relator da proposta, o senador José Serra.
CUNHA X OFFSHORE – O jornal O Globo trouxe hoje a informação que extratos bancários da Suíça atestam que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, usou empresas offshore para movimentar contas bancárias na Suíça, segundo fontes com acesso às investigações. Os documentos remetidos ao Brasil confirmam o depoimento do lobista João Augusto Rezende Henriques, um dos operadores do PMDB na Petrobras, sobre a existência de contas bancárias controladas por Cunha. O Ministério Público da Suíça decidiu encaminhar à Procuradoria Geral da República um procedimento aberto naquele país para investigar o presidente da Câmara por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações começaram em abril e tanto o MP da Suíça quanto a PGR entenderam que as chances de punição do deputado são maiores no Brasil.
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