Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 12/12/2016

  • Por Jovem Pan
  • 12/12/2016 15h50
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O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta segunda-feira (12), você confere aqui:

DATAFOLHA X TEMER –  Segundo levantamento do Datafolha, a gestão Temer é ruim ou péssima para 51% dos entrevistados; em julho, 31% faziam essa avaliação. Caiu de 42% para 34% os que acham o governo regular, e de 14% para 10% os que o veem como ótimo ou bom. Além disso, 21%  dizem que o governo Temer é melhor do que o de Dilma. Para 34% é igual e 40% dizem ser pior. Acham que a situação do país vai piorar 41% dos entrevistados e 28% acreditam que vai melhorar.

DATAFOLHA X NOVAS ELEIÇÕES – Ainda segundo o Datafolha, a maioria dos entrevistados quer eleições diretas para presidente, antes do fim do ano. 63% se dizem favoráveis à renúncia de Michel Temer e 27% afirmaram ser contrários.

PSDB X TEMER – Segundo dirigentes tucanos e peemedebistas, Michel Temer queria anunciar a nomeação de Antônio Imbassahy para a Secretaria de Governo em fevereiro, depois do recesso e da eleição da Mesa da Câmara, para não afrontar líderes do Centrão. Mas com o agravamento da crise e notícias sobre setores do PSDB que estariam pregando um desembarque, pode ser que Temer antecipe o anúncio.

CENTRÃO X TEMER – Líderes do “centrão” estão cobrando do presidente Michel Temer uma manifestação de que o Planalto não irá interferir na eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em fevereiro. Essa cobrança veio depois que o próprio Temer voltou a negociar a ida do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, para a Secretaria de Governo. Parlamentares do grupo argumentam que, sem uma declaração de Temer, a leitura que se faz é que a escolha de Imbassahy, pré-candidato a presidente da Câmara, significa apoio do Planalto à recondução do atual presidente, Rodrigo Maia.

DELAÇÃO – A delação premiada do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, citou os nomes do presidente Michel Temer e dos senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e Eunício Oliveira. Segundo a denúncia, Temer teria pedido R$ 10 milhões ao então presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, em 2014. Desse total, R$ 4 milhões teriam ido para Eliseu Padilha, que distribuiu a quantia entre aliados. Os outros R$ 6 mi teriam sido destinados à campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo, em 2014.

DELAÇÃO X POLÍTICOS – O nome do presidente Michel Temer aparece 43 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, é mencionado 45 vezes; já Moreira Franco, secretário de Parceria e Investimentos, 34. 

DELAÇÃO X PARTIDOS – A Odebrecht teria gastado R$ 88 milhões em propina, caixa dois e doações legais para campanhas de 48 políticos entre 2006 e 2014. Os números constam na delação premiada não homologada do ex-executivo da construtora Cláudio Melo Filho. De acordo com o relato, o partido que recebeu mais dinheiro para atender os interesses da empreiteira foi o PMDB, com R$ 51 milhões. O segundo foi o PT, com R$ 22 mi; DEM e PSDB receberam, cada um, R$ 2,8 mi.

ESQUEMA – A delação de Claudio Melo Filho revelou que a Odebrecht pagou R$ 22 milhões em propina para que senadores aprovassem Medidas Provisórias que beneficiavam a empreiteira. Desse total, R$ 20 milhões teriam ficado para Romero Jucá e Renan Calheiros.

JORGE VIANA – De acordo com a Folha, as delações premiadas de executivos da Odebrecht devem implicar o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT). Segundo relatos, o petista teria recebido R$ 300 mil em dinheiro vivo da empreiteira. A delação do grupo baiano também deve atingir o irmão do senador, o governador do Acre Tião Viana. Um executivo da construtora dirá que Tião recebeu R$ 2 milhões de caixa dois para sua campanha ao governo do Acre, em 2010. 

APELIDOS – A delação do lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho traz uma lista com os apelidos dos políticos envolvidos na organização criminosa: o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha era chamado de “o Primo”; Eduardo Cunha foi mencionado como “Caranguejo”; o presidente do Senado, Renan Calheiros, era o “Justiça”; Romero Jucá era o “Caju”; Eunício Oliveira era o “Índio”; Geddel Vieira Lima era “Babel”; Lúcio Viera Lima é “Bitelo; Duarte Nogueira é o “Corredor”; Marco Maia era o “Gremista”; Rodrigo Maia era o “Botafogo”; Jaques Wagner era “Polo”; Delcídio do Amaral, “Ferrari”; o ex-deputado Inaldo Leitão é o “Todo Feio”; Moreira Franco é “Angorá”; Heráclito Fortes, “Boca Mole”; Jim Argelo é “Campari”; o deputado Paes Landim era o “Decrépito”, a senadora Lídice da Mata, a “Feia”.

JANOT X MORAES – O ministro da Justiça Alexandre de Moraes se reuniu nesta segunda com o procurador-geral da República Rodrigo Janot. À imprensa, Janot negou que ele e Moraes tenham conversado sobre as delações da Odebrecht. Segundo o procurador, a pauta foi a criação de um grupo formado por policiais federais e procuradores para atuar em uma investigação no Rio de Janeiro.

PGR X DELAÇÃO – A Procuradoria-Geral da República decidiu abrir investigação para apurar o vazamento do conteúdo de delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht. Segundo ele, os depoimentos tornados públicos não são, por vezes, homologados pelo STF e sem a homologação, o Ministério Público Federal não pode usar os documentos como provas dos crimes cometidos no petrolão. Nos bastidores, circula a informação de que um grupo de governistas avalia pedir a anulação da delação do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho.

EXÉRCITO – Em entrevista ao Estadão, o general Eduardo Villas Bôas disse que a chance de intervenção das Forças Armadas no Brasil é “zero”. Segundo ele, essa ideia é coisa de “tresloucados” ou “malucos” civis que batem à sua porta cobrando uma ação militar em meio ao caos político.

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