Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 13/12/2016

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2016 14h56

O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta terça-feira (13), você confere aqui:

TEMER – O presidente Michel Temer negou que o governo federal tenha sofrido uma derrota por ter obtido uma margem apertada na aprovação da PEC do teto de gatos públicos, que teve 53 votos favoráveis. O número, de acordo com Temer, deve-se ao fato do presidente do Senado, Renan Calheiros, ter antecipado o horário de votação, o que, segundo ele, não permitiu a chegada a tempo de parlamentares da base aliada.

RENAN X MP – Um dia depois de ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República na Lava Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou o Ministério Público. Para ele, a Procuradoria está “fazendo política” e, por isso, perdeu as condições de “ser o fiscal da lei”. Na avaliação de Renan, há um sentimento de vingança do MP em relação ao Senado. Tudo teria começado, segundo ele, depois de a Casa rejeitar três juristas para cargos no Conselho Nacional do Ministério Público e no Conselho Nacional de Justiça.

BARROSO – O ministro do STF Luis Roberto Barroso fez críticas à Suprema Corte. Em evento, ele comentou a situação no Brasil e afirmou que o tribunal passa por um momento difícil: “Além de o país estar vivendo este momento relativamente convulsionado, o próprio Supremo vive momento complexo (…) O Supremo tem um papel importante no Brasil, em redemocratizar, fazer avançar determinados processos sociais”.

GILMAR X ANULAÇÃO – O ministro do STF Gilmar Mendes disse que “é possível” que vazamentos de depoimentos prestados em delação premiada gerem, no futuro, nulidades nos processos. Segundo ele, o caso de vazamento pode ser comparado com a utilização de uma prova ilícita em um processo. Na última sexta, a imprensa divulgou o teor do depoimento de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht e um dos 77 delatores da empresa na Lava Jato. 

TCE-RJ – A PF deflagrou hoje a operação Descontrole, que apura possíveis crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro praticados pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Jonas Lopes. Ele foi um dos levados coercitivamente para depor. Segundo a delação premiada do executivo Leandro Andrade, da Odebrecht, Lopes teria pedido dinheiro para aprovar o edital de concessão do Maracanã e as contas da linha 4 do metrô. Só com o estádio, o presidente do TCE teria recebido R$ 4 milhões.

DILMA X LAVA JATO – Em depoimento à PF como investigada na Lava Jato, a ex-presidente Dilma negou qualquer tentativa de obstrução de Justiça, suspeita de que é alvo em inquérito aberto pelo STF. Foram feitas perguntas sobre a indicação do ministro Marcelo Navarro ao Superior Tribunal de Justiça, a nomeação do ex-presidente Lula ao comando da Casa Civil e a tentativa do então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em oferecer ajuda política e financeira ao ex-senador Delcídio do Amaral em troca do silêncio dele.

SÃO BERNARDO – Dois secretários e um sub-secretário da Prefeitura de São Bernardo do Campo foram presos temporariamente nesta terça, alvos de uma investigação que apura um esquema de desvio de dinheiro destinado à construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador. A obra, iniciada em 2012 e prevista para durar nove meses, recebeu mais de R$ 14 milhões de investimento do Ministério da Cultura, mas ainda não foi concluída.

PF X LULA – A PF indicou o ex-presidente Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o ex-ministro Antônio Palocci e outras quatro pessoas na Lava Jato. O indiciamento se deve a dois inquéritos: um sobre a negociação de compra de um terreno para o Instituto Lula e outro sobre a compra de um apartamento em frente ao que o petista mora, em São Bernardo do Campo. Para a PF, os dois casos envolvem pagamentos de propina da Odebrecht para Lula e, por isso, foram unificados.

PAES – A Justiça do Rio determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do prefeito da cidade, Eduardo Paes. Na última sexta, a Justiça já havia bloqueado os bens de Paes, que é acusado de ter isentado de forma irregular o pagamento de uma taxa ambiental pela Fiori Empreendimentos, construtora do campo de golfe usado na Olimpíada. O dano aos cofres públicos é calculado em R$ 2,3 milhões.

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