Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 14/04/2016

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2016 18h12
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O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta quinta-feira (14), você confere aqui:

ARAGÃO – O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, criticou hoje a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de marcar para domingo a votação do impeachment. De acordo com Aragão, o peemedebista está “querendo incendiar o país” e transformar em circo uma questão séria como o impedimento. O ministro também não ficou nada satisfeito com o esquema de segurança previsto para o dia de votação. Para ele, a barreira de chapas de aço não será suficiente e “permitir que dois grupos se concentrem em proximidade tão grande é apostar no caos”. A alternativa, segundo Aragão, “seria fechar a Esplanada” e garantir o direito à manifestação em lugares mais afastados, que não permitissem que os dois grupos chegassem perto um do outro.

ARAGÃO 2 – A decisão sobre Eugênio Aragão no Ministério da Justiça será do Supremo Tribunal Federal. Vamos entender. A juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da Sétima Vara do Distrito Federal, havia concedido liminar contra a posse de Aragão com base no Artigo 128 da Constituição, que proíbe que membros do Ministério Público, mesmo em licença, exerçam qualquer outra função, exceção feita ao magistério. A liminar da juíza foi cassada pelo desembargador Cândido Ribeiro, que é presidente do Tribunal Regional Federal da Primeira Região. Ele não entrou no mérito da questão e disse apenas que o STF ainda não se posicionou sobre a extensão do veto do Artigo 128 a membros do Ministério Público que entraram na carreira antes de 1988.

SÍTIO – O jornal Folha de São Paulo teve acesso a documentos que indicam que a Odebrecht bancou, em fevereiro de 2011, a compra de bens para o sítio Santa Bárbara, em Atibaia, aquele que Lula insiste em dizer que não é dele. Os papéis, de lojas da cidade, são os primeiros a ligar a construtora a gastos com a aquisição de produtos para a propriedade usada pelo ex-presidente. Até agora somente testemunhos de fornecedores apontavam a Odebrecht como responsável pelo pagamento de materiais para o imóvel no interior paulista.

SCHAHIN – O Estadão teve acesso ao depoimento de Salim Schahin ao juiz Sérgio Moro, dentro da Lava Jato. Ao magistrado, o empresário relatou ter ouvido o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto dizer que o partido e o ex-presidente Lula estavam “a par” do empréstimo de 12 milhões de reais que o pecuarista José Carlos Bumlai pegou junto ao Banco Schahim. Segundo o próprio Bumlai, esse empréstimo fraudulento foi destinado ao partido, que pagou a dívida contratando, em 2009, a Schahin Engenharia como operadora do navio-sonda Vitoria 10.000.

KASSAB – O Estadão informou há pouco que Gilberto Kassab decidiu deixar o governo federal. O fundador do PSD teria dito ao jornal que a partir de segunda-feira não é mais ministro das Cidades, mesmo que o impeachment não passe na Câmara dos Deputados, no domingo. Ontem, o PSD anunciou que apoiará o impedimento da presidente. Dos 36 deputados do partido, estima-se que ao menos 26 sejam a favor do impeachment. Publicamente, a informação não foi confirmada por Kassab.

IMPEACHMENT X SENADO – O presidente do Senado, Renan Calheiros, já começou as primeiras conversas para definir o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A assessoria técnica da Casa prevê que, em caso de aprovação do pedido de abertura do impedimento pelos deputados neste domingo, o Senado possa votar até o dia 11 de maio a instauração do processo com o consequente afastamento automático de Dilma. Essa decisão é crucial porque a partir dela o vice-presidente Michel Temer assumirá o cargo por até 180 dias, caso o julgamento da presidente não seja concluído até esse prazo.

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