Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 20/04/2016

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2016 16h51

O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta quarta-feira (20), você confere aqui:

CRÍTICAS X DISCURSO – Logo após o surgimento da notícia de que Dilma poderá usar seu discurso na ONU para se dizer vítima de um golpe, senadores do PSDB criticaram a decisão da petista. Para Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo, por exemplo, isso seria um “desserviço que ela presta ao país, querendo se vitimizar e apresentando uma visão falsa da realidade institucional brasileira”. Já o líder da legenda na Casa, Cassio Cunha Lima, da Paraíba, afirmou que um eventual discurso sobre golpe na ONU será “ultrajante”. Não foram apenas os tucanos que criticaram a possibilidade. O ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, afirmou ser “no mínimo estranha” essa indicação de que a presidente pretende discursar sobre o tema nos Estados Unidos. Para Celso de Mello, chamar impeachment de golpe é um “gravíssimo equívoco”, que se trata de uma perspectiva eminentemente pessoal e faz parte de sua linha de defesa.

PMDB X MINISTÉRIOS – O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, entregou o cargo nesta quarta-feira à presidente Dilma Rousseff . Ele não vai assumir imediatamente o cargo de senador, deve sair de licença médica. Helder Barbalho, dos Portos, também do PMDB, é outro ministro que vai deixar o governo. Ele já entregou a carta de demissão na última segunda-feira e se reunirá com a presidente para bater o martelo sobre sua saída. Ao todo, nove ministérios estão sem titulares definitivos. Além dos postos até então ocupados por Braga e Barbalho, Casa Civil, Ciência e Tecnologia, Aviação Civil, Esporte, Integração Nacional, Cidades e Turismo não têm ministros.

OAB X BOLSONARO – O Conselho Federal da OAB emitiu uma nota nesta quarta-feira criticando as declarações do deputado Jair Bolsonaro, do PP do Rio de Janeiro, durante a sessão da Câmara que autorizou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo a Ordem dos Advogados, a fala de Bolsonaro fez apologia ao crime, pois ele homenageou o primeiro militar reconhecido pela Justiça brasileira como torturador, o coronel Brilhante Ustra. O texto diz ainda que “não é aceitável que figuras públicas, no exercício de um poder delegado pelo povo, se utilizem da imunidade parlamentar para fazer esse tipo de manifestação num claro desrespeito aos Direitos Humanos e ao Estado Democrático de Direito”. O Conselho Federal da OAB irá avaliar o caso em sua próxima sessão plenária, marcada para 16 de maio, mas a tendência é que peça a cassação do mandato de Jair Bolsonaro.

DESEMPREGO – A taxa de desemprego no país voltou a acelerar no trimestre encerrado em fevereiro e bateu a marca de dois dígitos. De acordo com a Pand Contínua, do IBGE, o desemprego já atinge 10,2 por cento, ou 10,4 milhões de brasileiros. Trata-se do pior resultado da série histórica iniciada em 2002. Em um ano, a população desocupada teve um crescimento superior a 40 por cento. Traduzindo em números, são cerca de 3 milhões de pessoas a mais na fila do desemprego.

BARBOSA X META FISCAL – O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está buscando apoio para aprovação da alteração da meta fiscal de 2016. Para acelerar a tramitação do projeto de lei do Congresso Nacional, o dirigente da Fazenda se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Após o encontro, o ministro afirmou que o governo precisará fazer um novo contingenciamento se a alteração não for aprovada “e um novo contingenciamento no atual estágio da economia brasileira não é a melhor medida”, disse. Com um ambiente hostil no Congresso, a equipe econômica corre contra o tempo para conseguir aprovar, o mais rápido possível, o projeto de lei que altera a meta fiscal para as contas públicas desse ano, mas já enfrenta resistências políticas. Sem a redução da meta, a máquina administrativa vai entrar em “shutdown”, uma espécie de desligamento, suspensão total das despesas, e o governo teme que o risco de paralisação seja usado como arma contra a presidente Dilma Rousseff, em meio ao processo de impeachment.

RENAN X CUNHA – O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou nesta quarta o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que afirmou, ontem, que não votará mais matérias de interesse do governo Dilma Rousseff. Segundo Renan, essa “paralisia de votações” seria “muito ruim” para o país. Renan também se mostrou irritado com as críticas de Cunha ao calendário adotado no Senado, que irá instalar a Comissão Especial do Impeachment na segunda-feira que vem e deve se reunir somente às terças, quartas e quintas. As declarações de Renan foram dadas no início da tarde de hoje, em Brasília. Logo depois de conversar com a imprensa, o peemedebista se reuniu com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

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