Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 21/03/2017

  • Por Jovem Pan
  • 21/03/2017 14h21

O que Reinaldo Azevedo, Victor LaRegina e Vitor Brown não comentaram nesta terça-feira (21), você confere aqui:

PAÍSES X CARNE – O Ministério da Agricultura confirmou que Hong Kong proibiu importações de carne brasileira. O país asiático é o maior importador de carne bovina do Brasil e ocupa a 2ª posição no ranking de carne de porco. China, União Europeia, Chile e Suíça também já anunciaram restrições ao produto brasileiro. A Coreia do Sul havia proibido a importação de frango da BRF, mas reverteu a decisão após o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, convencer os coreanos de que eles nunca adquiriram produtos estragados vindos do Brasil.

TEMER X CARNE – Com a ameaça – e, em alguns casos, decisão – de alguns países em barrar a importação da carne, o presidente Michel Temer afirmou que a operação da PF causou um “embaraço econômico” para o país. Em discurso a empresários e investidores, o peemedebista avaliou que as descobertas da Carne Fraca causaram um “grande alarde”, mas destacou que os casos de irregularidades são pontuais.

PT X SERRAGLIO – Os deputados do PT Afonso Florence e Robinson Almeida entraram com uma representação na Comissão de Ética da Presidência da República e na Procuradoria-Geral da República para que seja investigada a conduta do ministro da Justiça, Osmar Serraglio, citado na Operação Carne Fraca. Eles querem a exoneração de Serraglio.

LULA X PT – Segundo O Globo, o ex-presidente Lula desistiu de presidir o PT. De acordo com o jornal, a Executiva Nacional da legenda foi surpreendida com a informação, pois não contava com um plano B para o caso. Lula justificou a decisão com sua vontade de se “dedicar de corpo e alma” à campanha de 2018.

REFORMA POLÍTICA – O relator da proposta de reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT), afirmou que irá propor um sistema misto de financiamento de campanha, que prevê que 70% do limite de custo da campanha seja bancado pelo financiamento público e os outros 30% venham de doação de pessoa física. O relator vai propor ainda um sistema de transição com lista fechada, no qual o eleitor vota no partido, que estabelece previamente uma lista de candidatos, e não diretamente nos políticos.

SATÉLITES – A PF deflagrou a Operação Satélites, que investiga indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Não há políticos investigados nesta etapa da operação, mas pessoas vinculadas a eles. Alguns dos alvos têm relações com os senadores Eunício Oliveira, presidente da Casa, Renan Calheiros, Valdir Raupp e Humberto Costa. Um dos mandados envolve a Confederal, empresa de vigilância e transporte de valores no Distrito Federal ligada a Eunício. Outro alvo é o empresário Mario Barbosa Beltrão, ligado a Costa.

ROUANET – O Ministério da Cultura anunciou a criação de um teto para liberação de recursos pela Lei Rouanet. Pelas novas regras, o limite será de R$ 700 mil para pessoas físicas e microempreendedores, e R$ 10 milhões para grandes empresas. Os cachês individuais também não poderão ultrapassar R$ 30 mil por artista. Todas as despesas dos produtores serão pagas com cartões e lançadas automaticamente no Portal da Transparência. O preço médio do ingresso terá um teto de R$ 150. Pela regra antiga não havia limite de captação de recursos e de isenção fiscal.

IDH – Pela primeira vez em 25 anos, o Brasil estacionou no ranking do desenvolvimento humano da ONU. A nota do Brasil permaneceu em 0,754 entre 2014 e 2015 e manteve o Brasil na 79ª posição num ranking de 188 nações. Pelos critérios da ONU, quanto mais próximo de 1, maior é o desenvolvimento humano de um país. O IDH é calculado com base em indicadores de saúde, educação e renda.

PAIM X PREVIDÊNCIA – O senador Paulo Paim (PT) protocolou no Senado um pedido de criação da CPI da Previdência para, segundo ele, desmentir a ideia que o governo tenta passar à população de que a Previdência está falida. Com a instalação da comissão, Paim espera empacar a reforma que o Palácio do Planalto enviou para o Congresso. O pedido conta com a assinatura de 50 nomes, inclusive de integrantes da base aliada do governo.

MEIRELLES X PREVIDÊNCIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a defender a reforma da Previdência. Ele afirmou que o governo não é o vilão da história e que as mudanças nas regras são uma “necessidade”, e não questão de “opinião”. Disse: “Do meu ponto de vista, todos os brasileiros deveriam se aposentar aos 50 anos de idade, estaria ótimo. O problema é que alguém tem que pagar e quem paga é a população brasileira”.

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