Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 23/09/2015
O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta quarta-feira (23), você confere aqui:
MST – O líder do MST, João Pedro Stédile, foi hostilizado ontem à noite por um grupo de aproximadamente 10 pessoas, após desembarcar no Aeroporto de Fortaleza. Circulam hoje na internet uma série de vídeos mostrando os manifestantes carregando bandeiras do Brasil seguindo Stedile e sua esposa. O grupo gritava palavras de ordem, como “MST, vai pra Cuba com o PT”, e chamaram Stedile de “terrorista”, “assassino”, “fascista” e “comunista”. O episódio durou aproximadamente seis minutos, até o líder do movimento social entrar em um carro e deixar o aeroporto.
MTST – Mais uma nota sobre os ditos “movimentos sociais”. Manifestantes do MTST invadiram hoje os prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e São Paulo para protestar contra o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma. Aqui na capital paulista, os integrantes do movimento – cerca de 8 mil, segundo o MTST – se reuniram na estação da Luz e andaram até a avenida Júlio Prestes, onde fica a sede da Fazenda na cidade. Alguns invadiram o prédio, mas não chegaram a subir. Entre os invasores estava o líder do movimento Guilherme Boulos. Segundo ele, a Fazenda administra “muito mal” o Orçamento e “tá fazendo corte onde não deve, e não fazendo corte onde deve.”
CUNHA X MUSA – Em delação premiada, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa afirmou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tinha a “palavra final” na indicação para a diretoria Internacional da empresa. De acordo com Musa, o lobista João Augusto Rezende Henriques, preso no início da semana, era o responsável por articular as indicações políticas na área. A “palavra final”, no entanto, era de Cunha. Em seu depoimento, Musa deu como exemplo o caso de Jorge Zelada, que teria sido alçado à direção da área Internacional da Petrobras com o apoio de caciques peemedebistas mineiros e o aval de Cunha.
MUSA X OSX – Ainda sobre a delação de Eduardo Musa, o ex-gerente da Petrobras disse que a empresa OSX, de Eike Batista, participou do esquema de pagamento de propina na estatal. Ele, no entanto, afirmou não saber se Eike tinha conhecimento do esquema. Segundo Musa, em 2012, quando já havia deixado a estatal e trabalhava como diretor de construção naval da OSX, a licitação para as contratações de dois navios-plataforma, P-67 e P-70, foram fraudadas pelo consórcio Integra, formado pela Mendes Jr e pela OSX. O consórcio acabou vencendo a licitação de mais de 900 milhões de dólares na época.
SETE – O ex-presidente da Sete Brasil, empresa criada para explorar o petróleo encontrado na camada pré-sal, João Carlos de Medeiros Ferraz fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. O ex-presidente da Sete Brasil já admitiu, em carta enviada à direção da empresa no ano passado, ter recebido um valor de 1,9 milhão de dólares em propina. No documento, Ferraz afirma que aceitou as “gratificações” em um “momento de fraqueza”, no qual era pressionado por colegas.
VIOLÊNCIA – A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou hoje parte dos chamados “números da violência”. De acordo com o levantamento, a capital paulista atingiu em agosto o menor índice de homicídios da série histórica, iniciada em 2001. No mês, foram registrados 9,22 homicídios por cem mil habitantes, número considerado saudável pela ONU. Além desses dados, a Secretaria publicou nesta quarta estatísticas sobre latrocínios (queda de 23%), roubo de veículos (redução de 23%) e roubos e furtos em geral (diminuição de 4 e 6% respectivamente).
EDUCAÇÃO – A Secretaria da Educação do Estado São Paulo pretende reorganizar a rede pública de ensino para que as escolas concentrem apenas uma etapa escolar. A ideia é que, a partir de 2016, cada unidade abrigará apenas um dos três ciclos: ensino médio, anos finais (sexto ao nono ano) ou anos iniciais (primeiro ao quinto ano) do fundamental. A medida, que tem como objetivo aproveitar a estrutura atual, vai movimentar cerca de 1 milhão de alunos no início do ano.
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