Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 24/03/2017

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2017 13h56

O que Reinaldo Azevedo, Victor LaRegina e Vitor Brown não comentaram nesta sexta-feira (24), você confere aqui:

MARCELO X DILMA – Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo baiano, afirmou em depoimento ao TSE que a ex-presidente Dilma sabia dos pagamentos de caixa dois à campanha eleitoral de 2014. Disse o empresário: “Ela (Dilma) nunca me disse que sabia que era caixa dois, mas é natural, ela sabia que toda aquela dimensão de pagamentos não estava na prestação do partido”.

RESPOSTA X DILMA – Em nota, a ex-presidente Dilma afirmou que “não tem e nunca teve” qualquer relação próxima com Marcelo Odebrecht, mesmo nos tempos em que ela ocupou a Casa Civil no governo Lula. A petista disse ainda que “jamais pediu recursos para campanha ao empresário em encontros em palácios governamentais, ou mesmo solicitou dinheiro para o Partido dos Trabalhadores”

BENEDICTO – De acordo com a Folha, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, disse à Justiça Eleitoral que o PMDB recebeu recursos pelas obras da usina de Belo Monte, no Pará. Segundo ele, o dinheiro teria sido enviado ao partido pelo senador Edison Lobão e um outro “deputado ou ex-deputado paraense”. O ex-executivo relatou ainda que o PMDB foi a única legenda a receber do esquema de Belo Monte por causa de um veto ao PT feito, segundo ele, por Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo.

ALEXANDRINO – Segundo o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, o grupo baiano comprou tempo de TV para a campanha de Dilma em 2014. A informação é do Estadão. Alexandrino contou que, a pedido de Edinho Silva, então tesoureiro da campanha, ele autorizou pagamento de R$ 21 milhões a 3 partidos – R$ 7 milhões para cada um, via caixa dois. As legendas são PCdoB, PRB e Pros.

HILBERTO – Responsável pelo chamado setor de propina da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, explicou como eram feitos os pagamentos ao marqueteiro João Santana e a esposa dele, Mônica Moura. Segundo Hilberto, as entregas de dinheiro em espécie aconteciam em “lugares absurdos”, até em “cabaré”, quando se tratavam de valores pequenos. Para repassar montantes maiores, o ex-executivo relatou que Mônica ou um representante dela se hospedava em um hotel onde se encontravam com um intermediário contratado pela Odebrecht, que fazia a entrega.

DUDA – O marqueteiro Duda Mendonça teria solicitado à Odebrecht um imóvel como parte de seu pagamento por ter atuado na campanha de Paulo Skaf ao governo do Estado de São Paulo, em 2014. A informação consta do depoimento de Hilberto Mascarenhas. O ex-executivo contou que Mendonça pediu a ele que comprasse um apartamento em Salvador, num prédio novo, que custava entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões, mas a solicitação não foi atendida. Depois, o marqueteiro pediu que a empreiteira desse cavalos de presente, o que também foi negado. No fim, Mendonça acabou recebendo o pagamento em dinheiro.

MP X RN – O procurador-geral adjunto do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Jovino Pereira, e o promotor de Justiça Wendell Beetoven foram baleados hoje dentro da sede do órgão, no Rio Grande do Norte. Segundo a PM, o agressor é Guilherme Wanderley Lopes da Silva, de 44 anos, servidor do próprio MP. Ele teria invadido uma reunião que ocorria no 2º andar do prédio onde funciona o órgão. Jovino foi atingido no abdômen, e Beetoven, baleado nas costas. Os dois foram levados para o hospital e o quadro deles é considerado estável.

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