Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 29/02/2016

  • Por Jovem Pan
  • 29/02/2016 19h25
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O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta segunda-feira (29), você confere aqui:

WAGNER X LULA – O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, fez hoje nova defesa do ex-presidente Lula. Nas redes sociais, ele afirmou que as denúncias envolvendo o nome do petista são “injustas” e o fortalecerão. Eu separei aqui um trecho do que o ministro escreveu: (abre aspas) “O povo brasileiro pode ter certeza de que Lula jamais se intimidará. Em vez de enfraquecê-lo, como esperam seus adversários, os reiterados e injustos ataques dos quais tem sido vítima nas últimas semanas só aumentam a vontade dele de continuar lutando por um Brasil mais justo” (fecha aspas). Jaques Wagner ainda lembrou a participação de Lula na festa de 36 anos do PT neste fim de semana e disse que o “ex-presidente está ainda mais motivado e disposto a defender o governo da presidente Dilma Rousseff” e “o projeto de inclusão que ele representa”.

DILMA X FIRME – Mesmo depois de o PT e o ex-presidente Lula aumentarem a carga contra o ajuste fiscal, a presidente Dilma Rousseff não dá sinais de que irá rever a agenda econômica do governo. Assessores da Presidência a aconselham a manter medidas impopulares, mas estruturantes, como a reforma da Previdência. Segundo eles, é melhor apostar no sucesso do ajuste fiscal do que abraçar as propostas petistas, que não ajudarão o país a sair da crise. Dilma não terá vida fácil no Congresso para aprovar essas medidas. Os senadores do PT Lindbergh Farias, do Rio, e Paulo Paim, do Rio Grande do Sul, por exemplo, já prometeram não participar de uma reunião marcada pelo Planalto para acertar o apoio à agenda econômica. O PT em sua maioria deve votar contra o governo.

CUNHA X DATAFOLHA – Pesquisa Datafolha informou que 76 por cento dos entrevistados, nos dias 24 e 25 da semana passada, avaliam que Eduardo Cunha, presidente da Câmara, deveria renunciar ao posto na Casa, e 12 por cento pensam o contrário. Para 78 por cento, ele deveria ser cassado; 8 por cento dizem que não. Nesta quarta, o Supremo Tribunal Federal começa a decidir se aceita ou não a primeira denúncia contra Cunha, oferecida pela Procuradoria Geral da República. Se aceitar, o peemedebista passa a ser réu. Na semana passada, o presidente da Câmara avisou que continua no cargo mesmo nessas condições.

DELCÍDIO X SENADO – O Senado vai esperar os inquéritos sobre o petista Delcídio do Amaral avançarem no Supremo para, só então, dar continuidade ao processo contra o senador no Conselho de Ética da Casa. A ideia é alegar falta de informação sobre os casos em tramitação na Corte para protelar o trâmite que poderia resultar em cassação. O estranho é que, embora alegue falta de dados, o Senado não fez nenhum requerimento de informação desde que foi protocolada a representação contra o senador no Conselho de Ética, há três meses. A estratégia para atrasar o andamento do processo foi dada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

FOCUS – O mercado financeiro aumentou pela quinta vez seguida a expectativa de recessão para 2016. Os analistas consultados pelo Banco Central estimam que a economia brasileira deve recuar 3,45 por cento este ano – na semana passada, a previsão era de queda de 3,40 por cento. Para o ano que vem, os economistas mantiveram a perspectiva de uma leve recuperação do PIB e esperam que ele encerre 2017 com uma alta de 0,50 por cento. Já a expectativa para a inflação surpreendeu e, após oito semanas de alta, o Boletim Focus passou a prever um alívio no IPCA de 2016. A estimativa para a inflação oficial do país recuou de 7,62 por cento para 7,57 por cento. Para 2017, permaneceu estável em 6 por cento, exatamente no teto da meta para o período.

ECONOMIA – A demanda fraca e o crédito caro estão deixando os empresários de serviços mais pessimistas neste início de ano. Diante das dificuldades, o salário mínimo deve colocar pressão sobre os custos e pode acelerar o processo de ajuste no pessoal ocupado no setor. Em fevereiro, 26,9 por cento dos empresários afirmaram que pretendem dispensar funcionários nos próximos três meses. Há um ano, essa fatia era de 18,4 por cento. Já as contratações estão nos planos de apenas 8,8 por cento das empresas, contra 13,7 por cento um ano atrás.

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