Confira aqui o que você não ouviu em “Os Pingos nos Is” de 29/06/2016

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2016 14h40

O que Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina não comentaram nesta quarta-feira (29), você confere aqui:

DIRCEU – O juiz federal Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-ministro José Dirceu e outras seis pessoas. Eles são acusados de receber mais de R$ 7 milhões em propina, entre 2009 e 2012, de contratos firmados entre a Petrobras e a empresa Apolo Tubulars, para o fornecimento de tubos.

BARROSO – Em evento, o ministro do STF Luís Roberto Barroso afirmou que “a corrupção, a lavagem de dinheiro e a sonegação de impostos” se tornaram a “espantosa regra” no Brasil por causa da impunidade. O magistrado defendeu também o fim do foro privilegiado e afirmou que o Supremo não está preparado para instruir e julgar ações penais como uma 1ª instância.

MERCOSUL – Os países do bloco do Mercosul decidiram não realizar a cúpula de presidentes do meio do ano por causa da situação da Venezuela que, de acordo com o calendário oficial, deveria assumir a presidência temporária do Grupo.

FORO – Em manifestação encaminhada ao Supremo, o juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, responsável por autorizar a “Custo Brasil”, disse que não sabia que as buscas envolvendo o ex-ministro Paulo Bernardo ocorreriam no apartamento funcional de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT). Ele disse que mesmo que soubesse, ele autorizaria a operação, pois quem tem foro por prerrogativa de função é a senadora, e não o imóvel.

PETROBRAS – Os fundos que processam a Petrobras, em Nova York, acusaram a empresa de ser responsável por um dos maiores casos de fraude da história do mercado de capitais dos Estados Unidos. Com evidências de um escândalo de corrupção “esmagador e sem precedentes”, os advogados dos investidores entregaram documentos ao Tribunal de Nova York pedindo que o juiz responsável pelo caso faça o julgamento sumário de algumas acusações contra a empresa brasileira, alegando que o esquema de fraudes é incontestável.

CLETO X CUNHA – O ex-vice presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto disse, em delação premiada, que uma empresa de Eike Batista pagou propina a ele e ao deputado afastado Eduardo Cunha para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS. Cleto aponta pagamento de propina para uma aquisição de debêntures de R$ 750 milhões da empresa LLX, braço de logística do grupo de Eike.

PREVIDÊNCIA X REFORMA – O governo interino de Michel Temer decidiu formar um novo grupo de trabalho para discutir a reforma de Previdência e deixou de se comprometer com um prazo para apresentar uma proposta ao Congresso, falando apenas em aprovação ainda este ano.

VACCARI X DÍVIDA HADDAD – O ex-diretor da Andrade Gutierrez Flávio Gomes Machado Filho afirmou em sua delação premiada que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu à empreiteira o pagamento de uma dívida de R$ 30 milhões do partido referente à campanha do prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). O valor teria sido cobrado de outras cinco empresas.

DESEMPREGO – A taxa de desemprego no país interrompeu uma série de quatro altas seguidas e permaneceu em 11,2% no trimestre encerrado em maio. Entre março e maio de 2015, a taxa havia ficado em 8,1%. Hoje, há cerca de 11,4 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Em um ano, esse número cresceu 40%, algo em torno de 3,3 milhões de pessoas a mais em busca de trabalho.

CONTAS – O setor público consolidado, que inclui o governo federal, Estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit primário de R$ 18,1 bilhões em maio. Trata-se do pior resultado para o mês em toda série histórica. De janeiro a maio, o déficit primário ficou em R$ 13,7 bilhões. Em 12 meses, as contas estão negativas em R$ 150,5 bilhões, o equivalente a 2,51% do PIB, de acordo com o Banco Central.

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