Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quinta-feira (01/12/2016)

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2016 14h33

Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina comentaram os principais assuntos desta quinta-feira (01) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo falou sobre o pacote das 10 medidas anticorrupção. Saiba mais no editorial completo.

Outros destaques do programa foram:

JANOT X PROCURADORES – Em entrevista à Folha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a declaração dos procuradores da Lava Jato Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima foi uma “reação de cabeça quente”. A dupla ameaçou renunciar se o pacote de medidas anticorrupção votado na Câmara for sancionado pelo presidente Michel Temer. Janot recomendou que “a resposta tem que ser institucional e profissional”.

GILMAR X MORO – O ministro do STF Gilmar Mendes e o juiz Sergio Moro participaram de um debate no Senado sobre o projeto que muda a lei que pune o abuso de autoridade. Contrário ao texto, Moro disse não estar na hora de votar o projeto: “Tenho alguma preocupação, com todo respeito, que talvez não seja o melhor momento para a deliberação de uma nova lei de abuso de autoridade, considerando o contexto, que existe uma investigação importante em andamento. A favor da lei, Gilmar questionou: “Vamos ter que esperar um ano sabático das investigações para que a gente possa fazer esse debate?”.

PACOTE – Neste mesmo debate, Sérgio Moro criticou a votação na Câmara do pacote anticorrupção, e chamou de “emendas da meia-noite” as propostas inseridas no texto. Gilmar Mendes rebateu ao indagar se os mais de 2 milhões que assinaram a emenda de inciativa popular, redigida pelo MPF, sabiam que lá estavam contidas coisas como aceitação de provas ilegais e admissão de provas ilícitas. O ministro do STF ainda criticou o vazamento de gravações por autoridades.

LINDBERGH X MORO – O debate sobre o projeto de abuso de autoridade no Senado causou uma discussão entre o senador Lindbergh Farias (PT) e Sérgio Moro. O petista acusou o juiz de cometer abuso de autoridade na condução coercitiva de Lula e afirmou: “Sei que Vossa Excelência é uma figura muito importante, mas não está acima da lei”. Moro respondeu que nunca teve a pretensão de estar acima da lei, mas sim de “cumprir a lei”.

ODEBRECHT – Segundo a Folha, a Odebrecht começou a assinar nesta quinta, em Curitiba, o acordo de leniência com os procuradores da Lava Jato. Com isso, a assinatura dos acordos de delação premiada dos 77 executivos do grupo também deve começar hoje em Brasília. Na leniência, a empreiteira se comprometeu a pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões em 20 anos. Considerando os juros do período, o valor deve chegar a R$ 8,6 bilhões. O dinheiro será dividido entre Brasil, que ficará com a maior parte do montante, Estados Unidos e Suíça.

MANIFESTAÇÕES X ESPLANADA – Após o protesto na Esplanada dos Ministérios na última terça, que acabou em confusão, o governo Temer tenta impedir que novos atos sejam realizados no local. A gestão do peemedebista entrou com um pedido nesse sentido junto ao governo do Distrito Federal, mas o governador Rodrigo Rollemberg negou a solicitação. Segundo Rollemberg, as manifestações são permitidas há anos e as gestões do PT também tentaram impedi-las, por isso, não faria sentido mudar de posição agora.

BARBOSA X TEMER – À Folha, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa afirmou que o impeachment de Dilma foi “uma encenação” que fez o país retroceder a um “passado no qual éramos considerados uma República de Bananas”. Para o ex-ministro, o governo do presidente Michel Temer foi criado de maneira “artificial”, não tem legitimidade do voto e corre o risco de não chegar ao fim. Barbosa acredita, por exemplo, que o governo não resiste a uma série de grandes manifestações populares.

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