Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quinta-feira (13/04/2017)

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2017 14h23
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Reinaldo Azevedo, Victor LaRegina e Vitor Brown comentaram os principais assuntos desta quinta-feira (13) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo falou sobre o processo pleno de privatização da política. Saiba mais no editorial completo.

ALCKMIN – O delator Carlos Armando Paschoal afirmou que o governador Geraldo Alckmin lhe entregou pessoalmente o cartão de Adhemar Ribeiro, seu cunhado, a quem teria sido repassado R$ 2 milhões, por meio de caixa dois, para a campanha de 2010. Benedicto Júnior, outro ex-executivo da Odebrecht e também delator na Lava Jato, fez a mesma afirmação e acrescentou que, em 2014, a empresa doou, também pelo caixa dois, R$ 10 milhões à campanha pela reeleição do governador. Alckimin negou as acusações.

CARTA X ODEBRECHT – As delações da Odebrecht chegaram à eleição de Lula à Presidência da República, em 2002. Nos documentos que apresentou ao Ministério Público antes de depor, o patriarca da empresa, Emilio Odebrecht, afirmou que até a famosa “Carta ao Povo Brasileiro” tem as mãos da empresa. Segundo Emilio, a Odebrecht também fez “pagamentos em volumes consideráveis” à época.

LULA X SÍTIO – O depoimento do patriarca do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, contraria a versão de Lula e deixa a entender que o sítio em Atibaia, pertence, na verdade, ao petista. Em delação, o empresário disse ter tratado com o ex-presidente de uma obra no local. Segundo ele, essa reforma era considerada uma “surpresa”, mas afirmou ter falado do assunto com Lula em 30 de dezembro de 2010, penúltimo dia de seu segundo mandato como presidente.

CARTA CAPITAL – Emilio Odebrecht e seu filho, Marcelo Odebrecht, disseram em seus depoimentos que receberam pedidos para ajudar a revista Carta Capital e que o grupo aceitou fazer um empréstimo de R$ 3 milhões à publicação. O montante foi providenciado pelo “setor de propinas” da empresa. Emilio afirmou que recebeu esse pedido de Lula. Já Marcelo disse que o ex-ministro Guido Mantega fez a mesma solicitação a ele. Segundo os delatores, a dívida foi paga com espaço publicitário na revista.

RESPOSTAS – Em nota, a Carta Capital declarou que, entre 2007 e 2009, a Odebrecht fez um adiantamento de publicidade no valor total de R$ 3,5 milhões à revista e afirmou tratar-se de uma operação normal no mercado. O Instituto Lula afirmou que o ex-presidente “não tem conhecimento do depoimento e não vai se manifestar”.

MANIFESTO – Depois da divulgação da lista de Fachin, um grupo de economistas, professores, sociólogos e artistas decidiu lançar um manifesto com críticas ao governo do presidente Michel Temer. Batizada de “Projeto Brasil Nação”, a iniciativa conta com as assinaturas do chanceler Celso Amorim; do presidente da CUT, Vagner Freitas; do ex-líder do MST, João Pedro Stédile; do escritor Raduan Nassar, do ex-prefeito Fernando Haddad, entre outros. O texto critica o “esquartejamento da Petrobras, a destruição da indústria, a demolição de direitos sociais”.

MANTEGA – Os R$ 50 milhões que a Odebrecht destinou à campanha da ex-presidente Dilma em 2009, como contrapartida para a aprovação da MP 470, foram gastos, segundo os depoimentos de seis delatores, em forma de patrocínio à Revista Brasileiros, em pagamentos para o marqueteiro João Santana e entregues a João Vaccari Neto, “tudo por orientação de Guido Mantega”. De acordo com Marcelo Odebrecht, Mantega disse a ele que tinha a expectativa de receber R$ 100 milhões em propinas na campanha da reeleição, em 2014, montante que a empresa condicionou à aprovação da MP 613.

AÉCIO – Benedicto Valadares, um dos ex-diretores da Odebrecht, afirmou em delação premiada que o senador Aécio Neves teria recebido da empreiteira R$ 30 milhões no exterior. Depósitos mensais teriam sido feitos em várias contas, sempre indicadas por Dimas Toledo, que seria o intermediário do então governador de Minas. O acerto teria sido feito em 2008. Em nota, a assessoria do senador negou que ele tenha recebido o valor.

TEMER – Nem o presidente Michel Temer ficou de fora das delações da Odebrecht. Márcio Faria da Silva, um dos executivos do grupo, diz ter participado de uma reunião, em 2010, no escritório político de Temer em São Paulo, comandada pelo então candidato a vice de Dilma. Embora não se tivesse tratado de valores, segundo Faria, o tema do encontro era uma comissão de 5% reivindicada pelos peemedebistas em razão de um contrato com a Petrobras. Temer negou a acusação.

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