Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quinta-feira (14/04/2016)

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2016 18h08
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Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina comentaram os principais assuntos desta quinta-feira (14) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo fala sobre o impeachment de Dilma Rousseff e a festa que acabou. “Tenho a impressão de que Dilma e os que a cercam já têm consciência de que a única coisa a fazer é organizar as condições da retirada”, destaca.

Outros destaques do programa foram:

STF – Os ministros do Supremo Tribunal Federal voltaram a se reunir há pouco em sessão extraordinária para discutir as questões relativas ao impeachment. Só hoje, ao menos cinco ações foram protocoladas sobre o processo de impeachment da petista, questionando o parecer do deputado Jovair Arantes, que recomendou a admissibilidade da denúncia por crime de responsabilidade. A proposta de adiamento foi feita pelo ministro Marco Aurélio Mello. O ministro Luiz Edson Fachin é relator dos pedidos para anular o relatório de Jovair. Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio vão avaliar os pedidos para mudar a ordem de votação do processo. Dos 11 ministros, apenas Dias Toffoli não está presente.

AGU – Além dos questionamentos sobre a ordem de votação, o STF recebeu um recurso da Advocacia-Geral da União que pede para suspender a votação do próximo domingo na Câmara dos Deputados e anular discussões feitas na comissão especial do impeachment com base no relatório apresentado desfavorável à presidente.

VOTAÇÃO – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, definiu que a votação do impeachment de Dilma Rousseff no plenário seguirá a ordem Norte-Sul, alternada por Estados. O primeiro a votar será Roraima. Alagoas será o último. Dentro dos Estados, a ordem de votação dos deputados será a alfabética.

LULA X SABOTADOR – Uma reportagem da Folha de hoje informa que o ex-presidente Lula já teria avisado a aliados que, caso o governo não consiga barrar o impeachment, ele entrará em campanha permanente e não sairá mais das ruas.

ESQUERDAS – Esse “ir às ruas” do qual Lula falou pode começar antes do esperado. A chamada Frente Brasil Popular, um grupo de 60 movimentos esquerdistas, promete fechar estradas em vários Estados brasileiros amanhã, durante ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

PICCIANI – O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, anunciou formalmente nesta quinta-feira a posição majoritária da bancada a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O deputado disse não se sentir constrangido por anunciar uma posição contrária à sua convicção pessoal. Ele confirmou que, em votação simbólica, 90 por cento dos 54 deputados presentes na reunião foram a favor do impeachment.

MINISTROS – A presidente Dilma Rousseff exonerou nesta quinta-feira quatro ministros do governo, que têm mandato parlamentar, para reassumirem seus postos na Câmara e votarem contra o processo de impeachment neste domingo. Os decretos foram publicados hoje no Diário Oficial da União. Foram licenciados os ministros Mauro Lopes, da Aviação Civil; Celso Pansera, da Ciência e Tecnologia; Marcelo Castro, da Saúde; e Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário. Os três primeiros são do PMDB e Ananias, do PT.

MAIS DESESPERO – Aliados da presidente Dilma Rousseff protocolaram nesta quinta-feira na Câmara o pedido de criação de uma “frente parlamentar mista em defesa da democracia”. O documento tem o nome de 186 deputados e 32 senadores. O texto foi divulgado com o objetivo de mostrar que o governo tem votos para barrar o impeachment.

CNI – A CNI, a Confederação Nacional da Indústria, decidiu aderir à defesa do impeachment. Em carta aberta aos deputados federais, a entidade aponta o quadro de desalento da economia, alerta para o risco de crise social e diz que o governo não demonstra sinais de recuperação e que, por isso, “é hora de mudar”.

CNA – Outra confederação, a CNA, da Agricultura e Pecuária, está se preparando para participar da mega manifestação em favor do impeachment de Dilma no domingo, em Brasília. Em nota, a entidade afirma promover a mobilização de “milhares de agricultores e pecuaristas em todo o país” para que eles viajem à capital federal no dia em que o plenário da Câmara votará o processo de impedimento.

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