Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quinta-feira (23/03/2017)

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2017 15h05

Reinaldo Azevedo, Victor LaRegina e Vitor Brown comentaram os principais assuntos desta quinta-feira (23) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo disse que a Operação Carne Fraca paralisou unidade da BRF em Goiás. Saiba mais no editorial completo.

Outros destaques do programa foram:

JBS X SUSPENSÃO – Em nota, a JBS afirmou que suspendeu, por três dias, a produção de carne bovina em 33 unidades das 36 que a empresa mantém no país. Para a próxima semana, a companhia irá operar com uma redução de 35% da sua capacidade produtiva em todas as plantas. Diz o texto: “Essas medidas visam ajustar a produção até que se tenha uma definição referente aos embargos impostos pelos países importadores da carne brasileira. A JBS ressalta que está empenhada na manutenção do emprego dos seus 125 mil colaboradores em todo o Brasil”.

TERCEIRIZAÇÃO – A Câmara aprovou o projeto de lei que libera a terceirização do trabalho e também altera as regras para contratação temporária. O texto agora segue para a sanção do presidente Michel Temer. O projeto permite a terceirização inclusive das chamadas atividades-fim das empresas e amplia de três meses para até nove meses o período dos contratos temporários. Atualmente a legislação veda a terceirização da atividade-fim e prevê que a prática possa ser adotada em serviços que se enquadrarem como atividade-meio.

TERCEIRIZAÇÃO X VOTAÇÃO – O placar da votação da lei que libera a terceirização do trabalho (231 a 188) causou preocupação no Palácio do Planalto. Isso porque o resultado indica que o governo pode ter dificuldades para aprovar as reformas trabalhista e a da Previdência, que será votada por meio de uma PEC, o que exige um mínimo de 308 votos favoráveis na Câmara. 

TERCEIRIZAÇÃO X SENADO – O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que os senadores votarão nos próximos dias um projeto mais recente sobre a terceirização. Ele se refere ao texto apresentado em 2015, já aprovado pela Câmara, e que, segundo o peemedebista, traz mais salvaguardas aos trabalhadores do que o projeto que os deputados enviaram para a sanção de Michel Temer. De acordo com Eunício, a ideia é que o presidente da República faça uma “seleção” do que irá sancionar nos dois projetos aprovados.

MPT X TERCEIRIZAÇÃO – O Ministério Público do Trabalho enviou uma nota técnica à Presidência da República pedindo o veto integral da lei que flexibiliza a terceirização. O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, afirmou que o projeto aprovado ontem pelos parlamentares não vai cumprir o que propõe e vai gerar mais insegurança jurídica no mercado de trabalho. Para ele, as relações empregatícias serão precarizadas e ocorrerá uma substituição de contratos indeterminados por temporários.

MORO X GUIMARÃES – O juiz Sérgio Moro determinou que seja excluído do processo que investiga o blogueiro Eduardo Guimarães, responsável pelo Blog da Cidadania, “qualquer elemento probatório relativo à identificação da fonte da informação”. Na terça, Guimarães foi conduzido coercitivamente em inquérito da PF que investiga o vazamento do mandado de condução coercitiva do ex-presidente Lula na Lava Jato. Moro afirmou, em despacho, que “o objetivo da investigação não era propriamente a de identificar a fonte da informação do blog.

LONDRES – O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque ocorrido ontem em Londres, que deixou quatro mortos (incluindo o agressor) e 40 feridos. De acordo com nota da agência Amaq, “o autor do ataque diante do Parlamento é um soldado do EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão”. Nesta quinta, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou que o agressor tem nacionalidade britânica e já era conhecido pelos serviços de inteligência por ligações com o extremismo. Trata-se de Khalid Massod, de 52 anos. 

FHC – Em entrevista à Folha, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso condenou o vazamento de informações sob sigilo judicial. Segundo ele, essa prática pode ser usada para atender interesses: “Vazamento é uma coisa que está acontecendo com muita frequência e é ruim porque é manipulável. Você usa o vazamento para atacar. E se for falso? E se for só uma parte? Quanto mais depressa for possível a Justiça deixar transparente tudo, melhor”.

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