Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quinta-feira (27/11/2014)

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2014 19h28
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No programa Os Pingos nos Is desta quinta-feira, Reinaldo Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos comentaram os principais assuntos do dia. Confira abaixo algumas notícias que foram destaque neste 27 de novembro de 2014.

Em confuso depoimento na tarde desta quinta-feira à Comissão Parlamentar de Inqueiro, o sócio da empresa Sanko Sider, o empresário Marcio Bonilho admitiu que continou fazendo negócios com Alberto Yousseff mesmo após saber que se tratava de um doleiro.

Bonilho afirmou ter sido apresentado a Youssef como um empresário do ramo de turismo, mas com acesso ao alto escalão de grandes construtoras. Ao longo do depoimento o empresario se enrolou para explicar a relação que mantinha com o doleiro, que inclusive já foi condenado a sete anos de prisão pelo envolvimento do caso Banestado, uma das maiores investigações sobre evasão de divisas do país.

“Cada indivído tem o seu mundo Eu leio muitas revistas de negócios, mas não leio jornais policiais. Não entrei no Google para checar nome. Passados alguns meses, um amigo me perguntou se eu sabia quem era Yousseff”, justificou Bonilho.

O empresário disse que, na ocasição, recebeu um vídeo de uma reportagem de um programa de televisão sobre o doleiro. “Não fiz negócio no parlatório da penitenciária. Até achei que ele estava se recuperando. Tomei atitude, procurei advogado”, concluiu.

A Sanko foi contratada para fornecer tubos de grande porte a empreiteiras que formaram um cartal para atuar em licitações da Petrobras. À CPI o empresário diz ter pago 37 milhões de reais em comissões pelo intermédio de contratos com construtoras.

Os apresentadores falaram também do seminário sobre reforma política organizado pelo Congresso Brasiliense de Direito Constitucional. Participaram do debate o vice-presidente da República Michel Temer, o senador eleito por São Paulo José Serra e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral Dias Toffoli. Foram abordados vários tópicos:

FINANCIAMENTO PRIVADO DE CAMPANHA – Os três, Temer, Serra e Toffoli, disseram ser contrários ao fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. O presidente do TSE diz ser contra, pois seriam criadas “distorções” no processo. Serra foi mais direto: afirmou que se o Congresso proibir a doação privada, aumentará a captação por meio do caixa 2. Já Temer defendeu que as empresas possam doar, mas para candidatos e partidos com os quais tenham identidade programática.

CONSTITUINTE – Serra e Temer rejeitaram a ideia de Constituinte exclusiva para a reforma política, o que o tucano chamou de “estupidez”. Já o vice-presidente defendeu a aprovação de um projeto pelo Congresso, mas referendado pela população.

PROPAGANDA E CAMPANHA ELEITORAL – Toffoli falou sobre a redução do período da campanha eleitoral e Serra defendeu que o horário eleitoral gratuito de TV seja padronizado, sem uso de marketing. Eu separei uma fala interessante do senador: “De 60% a 70% dos gastos das campanhas de presidente e de governador é com a TV. É caríssimo. Lembro de uma propaganda do Lula em que apareciam mulheres grávidas, caminhando na bruma da manhã, fabulosas, com camisolas lindas. O que isso tem a ver com campanha eleitoral? É só mistificação. Já vi quem fala devagar falando rápido, vi baixinho parecendo alto, tudo mistificação”, disse.

SISTEMA ELEITORAL – Serra sugeriu um projeto piloto em 2016 afetando as candidaturas municipais, transformando o voto proporcional em distrital nas cidades acima de 200 mil eleitores. Para Temer, o ideal seria o “distritão”: os partidos apresentam candidatos com viabilidade eleitoral, sem a necessidade de cálculo de coeficiente eleitoral. Com isso, afirmou, as coligações proporcionais deixariam de ter importância, o que levaria à redução gradual dos partidos nanicos.

Outro assunto abordado foi o acordo assinado pelos governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais nesta quinta-feira. Foi fechado uma parceria no Supremo Tribunal Federal que autoriza o estado paulista a iniciar o processo de transposição do rio Jaguari. Contextualizando: no início da crise hídrica, o governo de São Paulo anunciou que faria uma obra para transpor água do Jaguari para as represas do sistema Cantareira. Rio e Minas reclamaram da decisão porque a água do Jaguari está em São Paulo, mas abastece o rio Paraíba do Sul, que é usado pelos três Estados. Vale lembrar também que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a entrar com uma ação no Supremo para barrar a decisão de São Paulo.

Confira no áudio acima, na íntegra do programa, esses e outros assuntos que foram ao ar na edição desta quinta-feira.

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