Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta segunda-feira (27/10/2014)

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2014 18h50
  • BlueSky

No programa Os Pingos nos Is desta segunda-feira, Reinaldo Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos comentaram os principais assuntos do dia. Confira abaixo algumas notícias que foram destaque neste 27 de outubro de 2014, um dia após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

A vitória da petista na corrida pela eleição presidencial trouxe mau humor para o mercado financeiro nesta segunda-feira. Puxado pelas ações da Petrobras, o Ibovespa, caiu 2,77%, aos 50.503 pontos.

Na mínima do dia, o índice chegou a despencar 6,20%, aos 48.729 pontos. No fechamento, os papéis ordinários da Petrobras recuaram 10,83% e os preferênciais 11,90%. No início do pregão, os operadores começaram a falar de um possível “circuit breaker”, mecanismo usado para controlar a forte oscilação do Ibovespa, mas os ânimos acalmaram um pouco. O dólar fechou o dia em alta de 2,68%, cotado a R$ 2,52. O maior valor desde 2005.

Embora o discurso da presidente reeleita tenha sido mais conciliador, apontando para mudanças em relação ao primeiro mandato, os investidores devem manter o tom pessimista até que Dilma Rousseff indique mudanças na condução econômica, especialmente na política fiscal, que vem sendo criticada por ser pouco transparente e muito frouxa. O nome do novo ministro da Fazenda também é aguardado com expectativa.

O mercado aguarda o novo ministro, mas quem se manifestou nesta segunda-feira foi o ex-ministro em atividade, Guido Mantega.

Segundo ele o resultado do pleito mostra que a população aprova a política econômica do governo. Sobre a queda das ações nesta segunda e a disparada do dólar, Mantega afirmou ser natural o movimento. “Claro que a eleição provoca alguma volatilidade nos mercados, mas essa volatilidade também se deve a fatores externos. Todas as bolsas estão caindo, voces não vão dizer que é só por causa das eleições no Brasil. Não temos essa força toda”, afirmou.

Os apresentadores falaram também sobre o discurso de Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves após o resultado (PSDB). Depois da vitória na eleição de ontem, ela fez um discurso prometendo união, diálogo e um governo de mudanças. “Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e todos os brasileiros para nos unirmos em favor do futuro da nossa pátria e de nosso povo. Não acredito, sinceramente, que essas eleições tenham dividido o país ao meio”, disse Dilma.

A presidente também falou que se empenhará para “deflagrar” a reforma política “por meio de um plebiscito”. Ela retoma, assim, a agenda que tentou, sem sucesso, levar adiante após os protestos de junho de 2013. A presidente ainda insistiu em convergência política, apesar do placar apertado na eleição de domingo. “Algumas vezes na história, os resultados apertados produziram mudanças mais fortes e rápidas do que as vitórias amplas. É essa a minha esperança”, afirmou.

Já o tucano Aécio Neves disse em seu discurso após o resultado da eleição que sai da disputa “mais vivo do que nunca”, uma vez que, apesar de derrotado, teve um capital político de mais de 51 milhões de votos.

Em sua fala, o tucano avaliou que o resultado da eleição impõe uma prioridade à Dilma Rousseff: “unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros”.

Sua fala teve cerca de dois minutos e um tom sereno. Aécio agradeceu seus eleitores, seu vice, o senador Aloysio Nunes, e disse que a campanha lhe permitiu “voltar a sonhar e acreditar na construção de um novo projeto”.

Antes de encerrar, ele ainda citou São Paulo, onde teve votação expressiva: “São Paulo, é o que retrata para mim de forma mais clara o sentimento que tenho hoje na minha alma e no meu coração”, disse o mineiro.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.