Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta sexta-feira (07/04/2017)
Reinaldo Azevedo, Victor LaRegina e Vitor Brown comentaram os principais assuntos desta sexta-feira (07) em “Os Pingos nos Is”.
Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo falou sobre o ataque de mísseis dos Estados Unidos à Síria. Saiba mais no editorial completo.
CHUVA – A forte chuva que atingiu São Paulo entre a noite de quinta (06) e a madrugada desta sexta (07) provocou alagamentos e travou o trânsito da cidade. Segundo o CGE, São Paulo teve o dia mais chuvoso para um mês de abril em 23 anos. Em seis horas, a capital paulista registrou uma média de 75 milímetros de chuva. O volume é maior do que a média prevista para o mês de abril inteiro, que é de 70 mílimetros, de acordo com o Inmet.
EUA X SÍRIA – Na noite de quinta, o governo americano lançou 59 mísseis Tomahawk sobre a Síria em retaliação ao ataque químico que matou pelo menos 80 pessoas na última terça, em uma área dominada por opositores ao regime de Bashar al-Assad. O bombardeio foi ordenado pelo presidente Donald Trump. Os mísseis atingiram a base aérea de Al Shayrat, em Homs. A ação, que durou quatro minutos, teria destruído caças, munição, entre outros equipamentos.
REAÇÃO – O gabinete do ditador sírio Bashar al-Assad reagiu ao ataque promovido pelos EUA classificando a ação de “comportamento irresponsável e imprudente”. Segundo a agência estatal síria Sana, nove civis morreram, incluindo quatro crianças. Outras sete pessoas ficaram feridas. O regime sírio voltou a negar “categoricamente” que tenha realizado o ataque químico em Khan Sheikhun.
RÚSSIA – Aliado do regime de Bashar al-Assad, o governo de Vladimir Putin condenou o ataque dos EUA e disse que ele foi baseado em “pretextos inventados”. O Irã também condenou a ação. A Rússia disse que apenas 23 dos 59 mísseis dos Estados Unidos atingiram a base síria. Os militares russos afirmaram ainda que seis jatos foram destruídos e que a pista está intacta.
NOVOS ATAQUES? – O Pentágono indicou que não deve fazer novos ataques, a não ser que o regime de Bashar al-Assad volte a utilizar armas químicas contra civis. O porta-voz Jeff Davis afirmou: “O uso de armas químicas contra inocentes não será tolerado. Foi uma resposta proporcional” ao ataque a Khan Sheikhun destinada a “dissuadir o regime de utilizar armas químicas novamente”. “Será decisão do regime se serão realizados outros (bombardeios), isso será decidido com base em seu comportamento futuro”
TRUMP – Em pronunciamento oficial após o ataque, o presidente Donald Trump declarou que é “interesse vital da segurança nacional dos EUA evitar e deter a propagação e o uso de armas químicas”. Declarou: “Assad sufocou homens, mulheres e crianças inocentes. Foi uma morte lenta e brutal para muitos. Até mesmo lindos bebês foram cruelmente assassinados neste ataque bárbaro. Nenhum filho de Deus deveria jamais sofrer horror tão terrível.”
MUNDO – O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, divulgaram um comunicado conjunto responsabilizando o regime de Bashar al-Assad pela crise. O secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, afirmou que o Reino Unido não planeja ações na Síria, mas que apoia o ataque americano. Os governos da Turquia, Austrália, Nova Zelândia, Israel, Arábia Saudita e Japão também declararam apoio aos EUA.
AMÉRICA LATINA – Os chanceleres do Mercosul e da Aliança do Pacífico divulgaram um comunicado conjunto condenando os crimes de lesa-humanidade que vêm sido cometidos na Síria e respaldando “ações que os previnam”. Assinaram o documento: Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, México, Peru e Colômbia. O Brasil não está na lista. Segundo a chanceler argentina Susana Malcorra, o chanceler brasileiro Aloysio Nunes Ferreira pediu mais tempo para fazer consultas antes de assinar o termo.
BRASIL – O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nota sobre a situação na Síria na tarde desta sexta. Sem citar o bombardeio dos EUA, o comunicado oficial “manifesta preocupação com a escalada do conflito militar na região” e “reitera sua consternação com as notícias de emprego de armas químicas”.
ESTOCOLMO – Um caminhão atropelou pedestres e se chocou contra uma loja de departamento no centro de Estocolmo, capital da Suécia, deixando pelo menos 4 mortos e 12 feridos. O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, afirmou que tudo indica se tratar de um atentado terrorista. Inicialmente, a polícia havia dito que o suspeito havia fugido. Depois começou a circular a informação de que uma pessoa, com possível ligação com o atentado, foi detida.
FACHIN X CUNHA – O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, rejeitou um novo pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado cassado Eduardo Cunha. Preso no ano passado, Cunha foi condenado, na primeira instância, a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é acusado de receber propina no valor de 1,5 milhão de dólares em um negócio da Petrobras na África.
TSE – O ministro do TSE Herman Benjamin marcou para o dia 17 de abril os depoimentos do publicitário João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e André Santana, apontado como operador do casal, no processo de cassação da chapa Dilma-Temer. Ontem, a Justiça Eleitoral ouviu o ex-ministro, Guido Mantega, a pedido da defesa da ex-presidente Dilma. Segundo o petista, a campanha não recebeu recursos via caixa 2 e a delação de Marcelo Odebrecht é mentirosa e uma peça de ficção.
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