Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta terça-feira (20/01/2015)

Reinaldo Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos comentaram os principais assuntos desta terça-feira (20) em “Os Pingos Nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo destacou as ações nas redes sociais, nas páginas da presidente Dilma e do PT, onde divulgavam um vídeo defendendo a “regulação econômica da mídia”, enquanto o ministro da FAzenda, Joaquim Levy anunciava seu “pacote de maldades”.

O objetivo declarado da peça publicitária é afirmar que existe uma diferença entre “regulação econômica da mídia” e “controle de conteúdo”. O objetivo não declarado é obter a tal regulação econômica para controlar o conteúdo (saiba mais no editorial completo aqui).

Mona Dorf trouxe em seu destaque o veto da presidente Dilma Rousseff a uma correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas. A correção estava prevista na Medida Provisória (MP) 656/2014, transformada em projeto de conversão aprovado em dezembro passado pelo Senado. A MP aguardava sanção presidencial.

A presidenta Dilma Rousseff disse que, se fosse aprovada nos termos inicialmente sugeridos, a “proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa do impacto orçamentário-financeiro.

Em seu destaque, Patrick Santos falou sobre a crise energética que atinge o país.

O Ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga anunciou nesta tarde algumas medidas de curto prazo para “tentar” dar uma folga maior ao sistema elétrico e dar melhorar a segurança da rede.

A primeira delas disse que a Petrobras irá voltar a adicionar ao sistema 867 Megawatts de eletrecidade proveniente de usinas térmicas que estavam em manutenção e reparo. Essa energia deve entrar no sistema até o dia 18 de fevereiro.

Eduardo Braga disse também que serão adotadas alternativas adicionais para energia de Itaipu abastecer o sistema – mais não deu maiores detalhes.

Na coletiva desta tarde o ministro voltou a negar que o apagão de ontem tenha sido causado por falta de eletrecidade.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires participou do programa de hoje e comentou sobre a situação da crise de energia que atingiu o país durante a tarde de ontem.

De acordo com o diretor, “um governo que aumenta 40% a tarifa em 2015 e, que a população vive corte seletivos de energia, está fazendo um racionamento”.

Ao ser questionado sobre três “barbeiragens cometidas no setor elétrico”, Adriano Pires citou a publicação da MP 579, em que o custo da energia estava crescendo e o governo resolveu baixar; a falta de planejamento nas obras do setor e o Governo não ter promovido um programa de uso eficiente de energia.

Sobre as melhoras à curto prazo, ele disse que “é difícil” e que o Governo deveria fazer políticas em relação a demanda de energia: “Dilma deveria ir à publico e conscientizar a população a economizar energia” e completou dizendo que a energia hoje é um “grande obstáculo para o desenvolvimento econômico”.

Outros destaques do programa foram:

– O deputado Eduardo Cunha, candidato do PMDB à presidência da Câmara, tornou público hoje um áudio em que dois supostos aliados seus conversam sobre eventuais falcatruas que o parlamentar teria praticado. Cunha diz se tratar de uma armação, produzida pela cúpula da Polícia Federal, com o objetivo de incriminá-lo e constranger sua candidatura. A gravação, classificada por ele de uma nova “alopragem”, teria sido entregue a ele no último sábado por um policial federal que estaria indignado com a fraude. O deputado pediu ao Ministério da Justiça a abertura de inquérito para apurar o caso.

– No dia do apagão elétrico, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, veio a público para anunciar um pacote fiscal para sacar mais dinheiro do bolso da sociedade. Entre as medidas, o Planalto ressuscitou a Cide, o imposto sobre combustíveis, e aumentou o PIS/Cofins sobre gasolina – R$ 0,22 por litro – e diesel R$ 0,15. O retorno da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico nos combustíveis deverá elevar o IPCA do ano em até 0,3 ponto percentual, segundo estimativas de economistas. O valor, que a Petrobras deverá repassar aos consumidores a partir de fevereiro, pode fazer com que o país tenha o pior bimestre de inflação desde 2003, primeiro ano do governo Lula, quando o IPCA fechou em 9,3%.