Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta terça-feira (25/08/15)

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2015 19h44
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Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina comentaram os principais assuntos desta terça-feira (25) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo falou sobre a relação do presidente do Senado, Renan Calheiros, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Confira.

Os principais destaques do programa foram:

– Manifestantes estenderam uma bandeira LGBT em frente à Câmara Municipal de São Paulo, que deve votar nesta terca-feira, em segunda discussão, o projeto de lei que trata do Plano Municipal de Educação. A votação ocorre sob pressão de grupos que tentam evitar que o plano obrigue as escolas a discutir questões de gênero e identidade sexual com os estudantes. A pista da esquerda do Viaduto Jacareí, no centro, foi interditada pelos manifestantes.

O Plano Municipal de Educação deverá orientar o Executivo no planejamento da educação da capital paulista nos próximos dez anos. Entre outras metas, o projeto original da Prefeitura previa promover discussões sobre discriminação por gêneros no ambiente escolar e também a inclusão de aulas de educação e diversidade sexual na grade de disciplinas.

– O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, enviou nesta terça pedido para que o Ministério Público do Estado de São Paulo investigue uma empresa que recebeu 1,6 milhão de reais durante a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, em 2014. Há suspeitas de “eventual ilícito” na atividade da empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME. A decisão leva em consideração um relatório que o ministro recebeu da Secretaria de Fazenda Estadual de São Paulo com informações sobre essa empresa e a Focal Confecção e Comunicação Visual, que foi a segunda maior fornecedora da campanha de Dilma, recebendo R$ 24 milhões. A “Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME” foi aberta em agosto de 2014, a dois meses da eleição, e emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões entre agosto e setembro, sendo que R$ 1,651 milhão foi emitido em nome de “ELEIÇÃO 2014 DILMA VANA ROUSSEFF PRESIDENTE”.

Gilmar Mendes coloca que a empresa “não apresentou registro de entrada de materiais, produtos ou serviços” e que não foi encontrada no endereço. Procurada em sua residência, a proprietária teria afirmado ainda que foi “orientada a abrir a empresa para funcionar no período eleitoral” e que o material vinha da empresa Embalac Indústria e Comércio.

– A presidente Dilma Rousseff admitiu hoje que 2016 “não será um ano maravilhoso” para o Brasil. Em entrevista às rádios Morada de Araraquara e Difusora de Catanduva, região do interior de São Paulo, ela culpou novamente a crise internacional, citando especificamente a que atingiu neste início de semana os mercados internacionais, em razão da turbulência na bolsa chinesa, e disse que não é possível prever os reflexos aqui no Brasil. Em evento de entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida, ela ainda pediu o apoio do povo paulista, e disse que é inaceitável que “se torça para o pior acontecer na economia”.

– E tem mais sobre a presidente. A Dilma concedeu, nesta segunda-feira, entrevista ao três principais jornais do Brasil – Folha, Estadão e O Globo -, e ensaiou um mea-culpa ao admitir que errou na avaliação da situação econômica durante a campanha eleitoral do ano passado, demorando a perceber a gravidade da crise. Segundo ela, as dificuldades só ficaram mais claras entre novembro e dezembro de 2014, depois, portanto, de sua reeleição. Ela chegou a falar, inclusive, em surpresa pela queda da arrecadação.

– Em outro ponto de destaque da entrevista, Dilma falou sobre a reforma ministerial que deve promover. Ela previu dificuldades políticas para mexer em redutos ocupados por aliados, mas disse que ninguém será preservado dos cortes, nem mesmo seu partido, o PT. “Vamos passar todos os ministérios a limpo”, prometeu. Ouçam o que disse a Dilma: (abre aspas )”Queremos melhorar gestão, detectar em quais pontos há sobreposição de função. Obviamente, você tem uma derivada por obter eficiência, que é resultar na redução de gastos. Se não fica demagógico. Você não faz só isso. Temos uma meta”.

– A CPI da Petrobras realiza nesta terça a acareação entre o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Costa confirmou o conteúdo de sua delação premiada e disse que, na eleição de 2010, Antonio Palocci o procurou pedindo a liberação de recursos para a campanha presidencial de Dilma. O dinheiro, segundo ele, viria da cota reservada ao PP no esquema do petrolão. Youssef, por sua vez, permaneceu em silêncio durante quase toda a sessão e só falou para desmentir a versão de Costa. O doleiro disse que Palocci não pediu a ele qualquer doação para a campanha petista, e foi além: segundo ele, uma nova delação premiada vai esclarecer a divergência entre os dois.

– O juiz Sergio Moro afirmou ter identificado “indícios de que a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, seria beneficiária de valores de possível natureza criminosa”. De acordo com despacho enviado pelo magistrado ao Supremo, a petista recebia dinheiro do chamado “Fundo Consist”, um esquema que atuava no desvio de recursos de empréstimos consignados do Ministério do Planejamento. Pelo menos 50 mil reais desse fundo teriam sido repassados em favor da congressista e de pessoas ligadas a ela, além do ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi.

– A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil decidiu cassar o registro de advogado do ex-ministro José Dirceu. Dos 80 integrantes do Pleno, 76 votaram por impedir que o petista continue exercendo atividades ligadas ao Direito. A decisão foi baseada no Estatuto da Advocacia, que considera inidôneo o profissional “que tiver sido condenado por crime infamante”. O pedido de cancelamento do registro levou em conta sua condenação no julgamento do mensalão. As suspeitas de envolvimento de Dirceu no escândalo do petrolão não foram levadas em conta pela OAB porque o petista não foi condenado neste caso.

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