Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta terça-feira (29/09/2015)

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2015 19h10
Reinaldo Azevedo, Patrick Santos e Victor LaRegina comentaram os principais assuntos desta terça-feira (29) em “Os Pingos nos Is”.
Em seu editorial de abertura, Reinaldo Azevedo falou sobre a articulação dos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, respectivamente, para que os senadores votem com urgência PEC aprovada na Câmara que constitucionaliza a doação de pessoas jurídicas a campanhas até o limite de R$ 20 milhões. Saiba mais no editorial completo.
Outros destaques do programa foram:
ALUNXS – O Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, está usando a letra “x” para suprimir o     gênero nas palavras. O “x” está sendo colocado no lugar das letras “a” e “o” em avisos institucionais em murais e em cabeçalhos de provas. Não há mais “alunos” ou “alunas”, por exemplo. Agora todo mundo é “alunxs”. 
CHIORO – O site do jornal O Globo divulgou hoje que a presidente Dilma Rousseff telefonou pela manhã para o ministro da Saúde, Arthur Chioro.  Foram apenas dois minutos de telefonema para informar que o tempo dele no governo havia acabado. Ainda segundo a notícia, ela não teria dito nem um  “muito obrigada”. Especula-se que cadeira será ocupada por Marcelo Castro, do PMDB. 
MINISTÉRIOS – A presidente Dilma está sendo aconselhada a oferecer um sétimo ministério ao PMDB para contemplar todas as alas do partido e garantir seu apoio ao governo na busca de aprovar o pacote fiscal e evitar a abertura de um processo de impeachment contra a petista. Dilma teve reunião nesta terça com o vice Michel Temer para avaliar as negociações sobre as reformas administrativa e ministerial, que ela pretende fechar ainda nesta semana. 
PEPE – Em entrevista ao Estadão, o ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, disse nesta terça que deverá retomar seu mandato na Câmara assim que a presidente Dilma anunciar a reforma ministerial. Vargas afirmou ter sido chamado por Dilma para conversar na última quinta, quando foi acertada a sua saída da pasta. Além dele, as ministras Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, e Nilma Gomes, da Igualdade Racial, teriam se reunido com a presidente no mesmo dia. A expectativa é que as três pastas sejam fundidas, dando lugar ao Ministério da Cidadania, que deve ficar com Miguel Rossetto.
AÉCIO X REFORMA – O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves, disse hoje que a presidente Dilma Rousseff distribui “nacos de poder como em uma feira livre” para quem “der a melhor oferta”. O resultado disso, segundo o tucano, é “a desqualificação ainda maior de um governo muito pouco qualificado”. Aécio ainda criticou a possibilidade de o governo retirar o status de ministério da Controladoria-Geral da União. Para ele, a iniciativa é “criminosa”, pois funciona como um estímulo à não apuração de casos de corrupção que envolvem o governo.
PSDB – Nesta segunda-feira (28) o PSDB levou ao ar seu programa político, sem citar a palavra “impeachment”.  A propaganda reuniu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o senador José Serra; o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves, presidente da legenda, que deixaram claro que o tempo de Dilma na Presidência se esgotou. 
PROGRAMA X PT – O PT leva ao ar nesta terça, em rede nacional de rádio e TV, duas propagandas. Na primeira, um locutor critica a oposição, perguntando se os políticos “que querem desestabilizar o governo” estão pensando no Brasil ou em si mesmos. Na segunda peça, o ex-presidente Lula cita programas sociais implantados pela gestão petista e afirma que irá continuar lutando, “hoje e sempre”. 
MARINA – A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva disse hoje que a Rede Sustentabilidade, seu novo partido recém-registrado pela Justiça Eleitoral,  não está dialogando com parlamentares em busca de quantidade, mas de qualidade. Nos últimos dias, aderiram à Rede: o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, que saiu do PSOL; os deputados federais Miro Teixeira, que estava no Pros;  Alessandro Molon, do PT; Aliel Machado, do PC do B, e a ex-senadora e vereadora em Maceió Heloísa Helena, que também estava no PSOL.
LEVY – O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje, em evento em São Paulo, que a queda na taxa de juros depende diretamente da implementação das medidas do ajuste fiscal. Além disso, para Levy, a aprovação do pacote do governo permitiria ao empresariado planejar a longo prazo e, consequentemente, voltar a investir. Na avaliação do ministro, o maior risco para o país, neste momento, é a busca por “soluções fáceis” por meio de mudanças pontuais. Levy afirmou ainda que, uma vez resolvida a questão fiscal, será necessário atacar o problema das reformas estruturais “para não termos um voo de galinha”.
CUNHA X IMPEACHMENT – O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse hoje que vai começar nesta semana a analisar os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo Cunha, muitos devem ser rejeitados, pois sequer cumprem os requisitos básicos para serem apreciados. A intenção do peemedebista é analisar, em média, três solicitações de impeachment por semana. Nesse ritmo, o pedido considerado mais robusto, que leva a assinatura do ex-petista Hélio Bicudo, do jurista Miguel Reale Júnior e da advogada Janaina Paschoal, deve passar pelo crivo de Cunha entre o final de outubro e o início de novembro.
KASSAB X CUNHA – Eduardo Cunha, presidente da Câmara,  criticou a postura do Palácio do Planalto de adiar a sanção da reforma política em uma estratégia para garantir tempo hábil para a recriação do Partido Liberal, o PL. A nova legenda, capitaneada pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab, tem como objetivo esvaziar siglas de oposição e desidratar o PMDB. “Isso é criar uma crise política maior e desnecessária. É um erro do governo. Não vamos esquecer que isso está na raiz da crise política que a gente está vivendo. A tentativa de criar partidos artificiais com o intuito de canibalizar a base. É uma forma artificial de montar a base política”, afirmou Cunha.

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