Confusão atrapalha o início de sessão da CPI da Merenda, que ouve Capez

  • Por Fernando Martins / Jovem Pan
  • 14/09/2016 09h50
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Reprodução Confusão na Alesp

Com direito a muito empurra-empurra, uma confusão atrapalhou o início dos trabalhos da CPI da Merenda nesta quarta-feira (14) na Assembleia Legislativa, em São Paulo. A comissão ouve o presidente da própria Assembleia, Fernando Capez (PSDB), investigado na Operação Alba Branca por supostamente participar de esquema de fraude em licitações de merenda escolar. Capez, no entanto, depõe como testemunha e nega veementemente as acusações.

A briga começou por causa de um desentendimento entre as pessoas presentes para acompanhar a sessão. Alguns estudantes estão posicionados no local desde terça-feira (13) numa espécie de vigília. Eles tentaram acompanhar a oitiva de dentro do Plenário Dom Pedro I, onde há uma pequena área reservada ao público.

Na hora de acessar o plenário, eles se sentiram prejudicados por um grupo de opositores que já ocupava o espaço. Deputados do PT pediram a transferência da sessão para uma sala maior, o que foi negado pelo presidente da comissão.

A polícia, então, levou à força os estudantes para longe da entrada do plenário. Durante a confusão, a Polícia Militar (PM) usou spray de pimenta. Pelo menos um jovem passou mal (veja nos vídeos mais abaixo).

A sessão começou 25 minutos atrasada, às 9h25, e conta com a presença de Capez e dois de seus assessores.

Assista: 

Após a confusão, os alunos ainda bloquearam o acesso ao plenário. “Se eu não entro, ninguém entra”, gritavam. 

Em um segundo momento, o Deputado Zico Prado se irritou com outro deputado após ter sido proibido de entrar: “eu fui eleito”, dizia.

Veja:

Depoimentos

Luiz Carlos Gutierrez, ex-assessor de Capez, disse que a imprensa nunca o procurou, mas se recusou a falar quando procurado pelo repórter Jovem Pan.

Fernando Capez garante que não recebeu “nenhum centavo” e disse que a acusação é uma “infâmia”. Ele afirmou que ninguém da Cooperativa Agrícola Familiar (Coaf), empresa que operacionalizou os desvios, jamais entrou em seu gabinete.

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