Congresso retoma as atividades com impeachment e ajustes fiscais em pauta

  • Por Jovem Pan
  • 01/02/2016 10h46
Ananda Borges/Câmara dos Deputados Sessão do Congresso Nacional para a análise e votação de vetos presidenciais

 Depois de um 2015 turbulento, o Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta terça-feira (02/02), pressionado para aprovar medidas fiscais e resolver o impasse do impeachment. O parlamento voltou a ser evocado por Dilma Rousseff na semana passada, quando recebeu um apelo pela aprovação dos últimos itens do pacote de cortes.

A oposição vê uma situação inviável para a manutenção do governo e quer esquentar o clima pró-impeachment no início dos trabalhos em Brasília. O líder do PSDB no senado, Cássio Cunha Lima, avalia que a crise política e econômica do Brasil só pode ser abreviada com a saída da presidente: “A grande pergunta que se faz é em quanto tempo teremos capacidade para tirar o país da crise? Se pretende diminuir esse tempo de crise, usando a Constituição, a legislação em vigor e interrompendo o mandato da presidente que cometeu tanto o crime de responsabilidade, podendo levar ao impeachment, como também os crimes eleitorais, que podem levar a realização de novas eleições”. Cássio Cunha Lima ressalta que as medidas econômicas defendidas por Dilma Rousseff não encontram respaldo em parte da base aliada no Congresso.

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, considera que as medidas de ajuste aprovadas em 2015, não impactaram na economia: “A economia não reagiu. Precisamos saber qual o plano, porque simplesmente fazer ajuste fiscal, aumentar carga tributária, criar mecanismo de arrecadação sem a contrapartida para geração de emprego, de renda, vamos obviamente levar o país para uma condição muito ruim”.

Já o governo exige pressa no Congresso para aprovar as MPs do ajuste fiscal e enterrar o pedido de impeachment da presidente. O líder do governo na Câmara, José Guimarães, afirma que o mês de fevereiro será decisivo para resolver os impasses da Casa: “Só faltam duas Medidas Provisórias para votar. Eu já conversei com o presidente da Câmara e nós vamos votar na quarta-feira (03/02). O Congresso retorna às 15h de terça-feira, será lida a mensagem presidencial e na quarta vamos votar as MPs. Após o Carnaval vamos decidir a questão do impeachment e temos que ter pressa nisso”.

Entram ainda na batalha do Congresso outros temas como a permanência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o trabalho de novas CPIs. Outra comissão que promete gerar desgastes ao governo e clima acirrado na Casa é a dos Fundos de Pensão.

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