Conselho de Medicina e MP irão apurar caso de alta para paciente grave em SP

  • Por Jovem Pan
  • 11/01/2017 10h49
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Divulgação Santa Casa de Santo Amaro

O Conselho de Medicina e o Ministério Público devem investigar caso de doente grave que teve alta na Santa Casa de Santo Amaro, em São Paulo. É o que defende o diretor de Saúde Pública da Associação Médica Brasileira, Jorge Carlos Machado Curi, sobre a falha no tratamento de José de Barros.

Exames revelam que o aposentado José Otávio de Barros, de 72 anos, tem câncer de boca já atingindo a garganta e necessita de cirurgia urgente.

Em entrevista à repórter Izilda Alves, Terezinha de Jesus Barros contou que o irmão dela teve alta no sábado, mas não consegue mais se alimentar. “O estado dele geral não e stava bom. Ele estava com carcinoma, bastante inchado e mesmo assim o liberaram com quatro guias para procurar um hospital que ele pudesse fazer a cirurgia. Ele não consegue nem comer”, disse.

A Jovem Pan procurou a direção da Santa Casa de Santo Amaro, mas foi informada de que o diretor clínico só responderia nesta quarta-feira (11). A reportagem contatou a Secretaria Municipal da Saúde que informou que a Santa Casa deveria ter procurado a Central de Vagas para transferir o doente.

O médico Jorge Carlos Machado Curi destacou que a Constituição de 1988 garante ao paciente o direito ao atendimento na rede pública de saúde.

Como representante de São Paulo no Conselho Federal de Medicina, ele consideou grave e raro o caso, que deve ser investigado. “A instituição que o recebe deve dar o primeiro atendimento e tudo aquilo que for necessário e se não tiver capacidade de fazer tudo o que é necessário, deve, através da central de regulação, procurar resolver a sequencia do tratamento desse paciente. Tenho certeza que o conselho de SP sabendo desse caso, vai abrir sindicância para saber o que ocorreu”, explicou.

Na avaliação do diretor de Saúde Pública da Associação Médica Brasileira, o Ministério Público deve investigar e corrigir a falha no atendimento. Como enfatizou o médico Jorge Curi, cabe ao hospital buscar na Central de Vagas da Secretaria de Saúde o atendimento necessário a pacientes graves.

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