Conselho Federal de Medicina proíbe exame de proficiência para futuros profissionais

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2015 08h21
SÃO PAULO, SP, 11.05.2015: SAÚDE-DEBATE - Florisval Meinão participa do 2º Fórum a Saúde do Brasil, no Museu da Imagem e do Som, na av. Europa, no Jardim Europa, em São Paulo, nesta segunda-feira (11). (Foto: Jorge Araújo/Folhapress) Jorge Araújo / Folhapress Florisval Meinão

 Conselho Federal de Medicina proíbe as entidades nos estados de obrigar os formandos a fazer exame de proficiência. De acordo com a resolução publicada no Diário Oficial da União, os órgãos podem aplicar provas, mas sem caráter coercitivo.

A avaliação para os futuros profissionais, a exemplo do que é feito pela Ordem dos Advogados do Brasil, sempre foi cercada de polêmica e de briga na justiça. A medida atinge em cheio o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, que aplica um exame de participação obrigatória.

Os defensores da prova falam em isonomia, ou seja, hoje, apenas quem se forma fora do país precisa validar o diploma com o exame. Em entrevista a Thiago Uberreich, o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, considera a avaliação indispensável: “Existem inúmeras escolas médicas que dão uma formação muito deficiente para seus alunos e, hoje, colocam profissionais para exercer a profissão sem a formação adequada, o que pode colocar em risco o atendimento a população”. Meinão espera que o Cremesp recorra da decisão do Conselho Federal.

O diretor de saúde pública da Associação Médica Brasileira, Jorge Curi, analisa que, com prova ou não, é preciso melhorar a qualidade dos cursos: “Eu entendo que deveria haver um grande consenso entre Cremesp, CFM, AMB, ABEM, para encontrar uma fórmula mais aperfeiçoada”. Curi lamenta a má qualidade geral dos cursos no país. Procurado pela reportagem da Jovem Pan, o Conselho Federal de Medicina não se pronunciou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.