Conservadorismo e polêmicas marcam trajetórias dos secretários de Trump

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2017 07h10
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EFE Donald Trump - EFE

Empresários bem-sucedidos, ex-militares e políticos com discursos fortes e posições conservadoras. Estas são as características dos principais secretários e dirigentes escolhidos pelo novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Um dos nomes mais polêmicos é o do senador de Alabama, Jeff Sessions, que vai assumir a secretaria da Justiça dos Estados Unidos. O congressista foi um dos aliados mais fiéis da campanha do republicano e foi o primeiro parlamentar a declarar publicamente o apoio ao magnata.

Sessions estaria por trás dos planos do novo mandatário sobre imigração, a luta contra o terrorismo e a revogação de acordos comerciais internacionais.

O senador tem um histórico de confusões e chegou a ser processado, na década de 1980, por comentários racistas contra um advogado negro.

A escolha do novo secretário de Estado norte-americano também provocou polêmica. O cargo, atualmente ocupado por John Kerry, passará às mãos de Rex Tillerson, CEO da gigante petroleira ExxonMobil.

O empresário já administrou um consórcio de exploração de petróleo no leste da Rússia e, desde então, mantém boas relações com autoridades do país.

Tillerson, inclusive, já foi condecorado pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a Ordem da Amizade, uma honraria importante concedida pelo Exército de Moscou.

Já o novo secretário da Defesa será o general reformado James Mattis, ex-chefe de operações no Oriente Médio. Mattis tem o apelido de “Mad Dog”, ou “Cachorro Louco”, e é considerado um militar de mãos-de-ferro.

Ele foi um dos primeiros oficiais a chegar ao Afeganistão após os atentados de 11 de setembro de 2001 e esteve no comando de uma das divisões que invadiram o Iraque em 2003.

Quem vai comandar a CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, será o deputado republicano Mike Pompeo. Membro da ala mais conservadora dos republicanos, o parlamentar é um crítico ferrenho do acordo nuclear com o Irã e deve trazer um tom mais “pesado e rígido” para a CIA.

No passado, Pompeo chegou a dizer que líderes muçulmanos baseados nos Estados Unidos seriam “cúmplices” do terrorismo, por terem se mantido em silêncio após os atentados de 2001.

Outro personagem polêmico a chegar a Casa Branca será o general aposentado Michael Flynn, indicado para o posto de assessor de segurança nacional.

A ONG Human Rights Watch afirma que Flynn tem “desprezo” pelos direitos humanos e destacou que, durante a campanha eleitoral, ele defendeu o uso de métodos de tortura contra suspeitos de terrorismo.

O militar conta com mais de 30 anos de experiência no Exército e também tem boas relações boas com a Rússia.

Flynn quase foi escolhido como o vice de Donald Trump, mas acabou sendo trocado pelo governador Mike Pence, de Indiana, e, mesmo assim, permaneceu como um dos maiores aliados do empresário na campanha.

Confira a reportagem completa de Vitor Brown:

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