Construção civil teme avanço de consórcios internacionais em programas
Construção civil teme avanço dos consórcios internacionais no Programa de Concessões e Parcerias do Governo Michel Temer.
Com as principais empresas implicadas na Lava Jato e a forte crise econômica, o setor precisará se adaptar a uma nova modelagem financeira.
Se a privatização inicial atraiu as empreiteiras, em razão do volume de obras nos contratos, os fundos de investimentos devem assumir os negócios agora.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção avalia que o programa é fundamental para o desenvolvimento da infraestrutura e a economia do país.
A entidade busca convencer o Governo para a abertura do mercado com uma modelagem que garanta maior concorrência e transparência às licitações.
Em entrevista à Jovem Pan, o presidente da CBIC, José Carlos Martins ressaltou a preocupação do controle exclusivo de empresas estrangeiras. “O novo instrumento é uma PPP, é uma concessão, onde as empresas têm que ter um desenho de governança diferente do que tiveram até hoje”, disse.
O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luiz Afonso Senna, lembrou que primeiro o País precisa gerar confiança nos empresários.
Sem regras claras, marcos regulatórios estáveis e taxas de retorno atraentes o bilionário mercado de fundos de investimentos não irá colocar dinheiro no País. “Se nós criarmos as condições de estabilidade, o Governo ser claro, Judiciário não colocar pendências, eu não tenho dúvida que o dinheiro venha. Mas é fundamental que tenamos condições regulatórias e ambiente econômico financeiro propício para isso”, explicou.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção irá discutir o modelo federal nesta quinta-feira (17), com o secretário da Presidência, Moreira Franco.
As concessões e parcerias público privadas são prometidas como um mecanismo de recuperação de empregos e economia do Brasil.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.