Construção civil teme avanço de consórcios internacionais em programas

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2016 08h39
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Arquivo/Agência Brasil Trabalhadores da construção civil na frente de uma edificação inacabada Setor poderia crescer até 6% em 2021 sem os entraves com o encarecimento e a falta de insumos

Construção civil teme avanço dos consórcios internacionais no Programa de Concessões e Parcerias do Governo Michel Temer.

Com as principais empresas implicadas na Lava Jato e a forte crise econômica, o setor precisará se adaptar a uma nova modelagem financeira.

Se a privatização inicial atraiu as empreiteiras, em razão do volume de obras nos contratos, os fundos de investimentos devem assumir os negócios agora.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção avalia que o programa é fundamental para o desenvolvimento da infraestrutura e a economia do país.

A entidade busca convencer o Governo para a abertura do mercado com uma modelagem que garanta maior concorrência e transparência às licitações.

Em entrevista à Jovem Pan, o presidente da CBIC, José Carlos Martins ressaltou a preocupação do controle exclusivo de empresas estrangeiras. “O novo instrumento é uma PPP, é uma concessão, onde as empresas têm que ter um desenho de governança diferente do que tiveram até hoje”, disse.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luiz Afonso Senna, lembrou que primeiro o País precisa gerar confiança nos empresários.

Sem regras claras, marcos regulatórios estáveis e taxas de retorno atraentes o bilionário mercado de fundos de investimentos não irá colocar dinheiro no País. “Se nós criarmos as condições de estabilidade, o Governo ser claro, Judiciário não colocar pendências, eu não tenho dúvida que o dinheiro venha. Mas é fundamental que tenamos condições regulatórias e ambiente econômico financeiro propício para isso”, explicou.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção irá discutir o modelo federal nesta quinta-feira (17), com o secretário da Presidência, Moreira Franco.

As concessões e parcerias público privadas são prometidas como um mecanismo de recuperação de empregos e economia do Brasil.

*Informações do repórter Marcelo Mattos

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