Contato de crianças com a poluição pode agravar doenças no cérebro e pulmões

  • Por Jovem Pan
  • 01/11/2016 08h59
EFE/HOW HWEE YOUNG Criança usa máscara para se proteger de poluição em Pequim

Cerca de 300 milhões de crianças, ou quase uma de cada sete do planeta, moram em áreas com níveis altos de poluição ambiental.

O Unicef usou imagens da NASA para identificar as regiões com maior concentração de poluentes e a maioria se concentra no sul da Ásia.

As condições refletem diretamente na saúde dos pequenos, porque seus corpos ainda estão em desenvolvimento.

Segundo o estudo do Fundo das Nações Unidas, a poluição pode cruzar uma barreira física do cérebro e danificá-lo permanentemente.

Mas o principal problema acontece mesmo nos pulmões, ponderou o pneumologista infantil Bernardo Kiertsmann. “Essa inflamação faz com que a árvore respiratória fique irritada. Essa irritação produz secreção, essa secreção é muito fácil de você ter quadros infecciosos”, explicou.

O Unicef constatou que a poluição atmosférica afeta mais as crianças pobres.

O Fundo já pediu a quase 200 governos, que irão se reunir no Marrocos em novembro para discussões sobre o aquecimento global, que limitem o uso de combustíveis fósseis. Assim, é possível conseguir um benefício duplo: uma saúde melhor e a desaceleração na mudança climática.

No mundo inteiro, a OMS estima que o ar poluído matou 3,7 milhões de pessoas em 2012, entre elas 127 mil crianças menores de cinco anos.

Além de fábricas, usinas de energia e veículos, o estudo vê com preocupação a qualidade do ar em ambientes fechados prejudicada por fogões à lenha e fornos que queimam carvão ou madeira dentro de casa.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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