Contato de crianças com a poluição pode agravar doenças no cérebro e pulmões
Cerca de 300 milhões de crianças, ou quase uma de cada sete do planeta, moram em áreas com níveis altos de poluição ambiental.
O Unicef usou imagens da NASA para identificar as regiões com maior concentração de poluentes e a maioria se concentra no sul da Ásia.
As condições refletem diretamente na saúde dos pequenos, porque seus corpos ainda estão em desenvolvimento.
Segundo o estudo do Fundo das Nações Unidas, a poluição pode cruzar uma barreira física do cérebro e danificá-lo permanentemente.
Mas o principal problema acontece mesmo nos pulmões, ponderou o pneumologista infantil Bernardo Kiertsmann. “Essa inflamação faz com que a árvore respiratória fique irritada. Essa irritação produz secreção, essa secreção é muito fácil de você ter quadros infecciosos”, explicou.
O Unicef constatou que a poluição atmosférica afeta mais as crianças pobres.
O Fundo já pediu a quase 200 governos, que irão se reunir no Marrocos em novembro para discussões sobre o aquecimento global, que limitem o uso de combustíveis fósseis. Assim, é possível conseguir um benefício duplo: uma saúde melhor e a desaceleração na mudança climática.
No mundo inteiro, a OMS estima que o ar poluído matou 3,7 milhões de pessoas em 2012, entre elas 127 mil crianças menores de cinco anos.
Além de fábricas, usinas de energia e veículos, o estudo vê com preocupação a qualidade do ar em ambientes fechados prejudicada por fogões à lenha e fornos que queimam carvão ou madeira dentro de casa.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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