COP 22 debate maneiras de colocar em prática metas estabelecidas em Paris

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2016 07h06
EFE COP 22 - EFE

Imagine a seguinte situação. Você constata que está acima do peso e decide que precisa emagrecer. Mas aí você não toma nenhuma medida prática: não procura um nutricionista, não muda os hábitos alimentares, não inclui atividade física no seu cotidiano.

Esta é uma boa analogia para que possamos entender os desafios da COP 22, a Conferência da ONU que debate as mudanças climáticas.

O encontro que este ano ocorre em Marrakech, no Marrocos, começou na segunda-feira (08) e tem como foco encontrar maneiras de colocar em prática as metas que foram estabelecidas na Conferência de Paris, no ano passado.

É também ao longo da COP22 que os países que assinaram o Acordo de Paris deverão explicar como irá ocorrer a fiscalização das medidas adotadas.

Ou seja, em 2015, 192 nações assinaram um acordo em que reconhecem a necessidade de mudanças para combater o aquecimento global. Agora, é a vez dos representantes desses países, junto a especialistas dizerem como irão fazer este combate.

Secretário-Geral do Observatório do Clima, Carlos Rittl, falou com a Jovem Pan direto de Marrakech. Ele destacou o protagonismo no Brasil quando o assunto é costurar consensos nas negociações climáticas.

No entanto, Carlos Rittl reconheceu que nosso País tem um desafio grande para eliminar as contradições entre o discurso e a prática. “O Brasil foi uma das primeiras grandes economias a ratificar o Acordo de Paris. A gente tem que assumir o desafio e o compromisso de eliminar e reduzir o desmatamento de forma progressiva”, disse.

O Brasil, que é o décimo maior poluidor do planeta conseguiu, mesmo em um ano de recessão, o desmatamento na Amazônia aumentou 24% em 2015, o que elevou nossas emissões em 3,5%.

O mesmo Congresso que ratificou o Acordo de Paris em tempo recorde aprovou a ressurreição do carvão mineral, um combustível que o resto do mundo tenta abandonar.

E, apesar das renováveis, como solar e eólica, estarem se saindo bem durante a crise, a principal pauta energética do Governo e do Congresso ainda é o pré-sal. A COP 22 seguirá até o próximo dia 18.

*Informações da repórter Helen Braun

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