Corte de mais de R$ 500 mil é apenas o primeiro a ser feito na Educação

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2016 07h54
Cecília Bastos/Jornal da USP Educação

A situação nas universidades públicas não anda boa: na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, o atraso do pagamento de funcionários levou a greve, que levou ao comprometimento do calendário letivo no primeiro semestre.

Agora, a crise promete atingir gravemente as universidades federais. É que corte no orçamento prometido pelo Governo federal começa a refletir em falta de dinheiro nas universidades.

A decisão de congelar um terço das despesas de todo o governo refletiu de forma mais acentuada na Educação: o corte na área é de R$ 600 milhões por mês. Estudantes como a Luiza, que tinham esperança de já começar o curso superior engajados em projetos de pesquisa ou estágios dentro de seus cursos, já estão vendo a oportunidade ficar cada vez mais distante.

Mais do que isso: o primeiro secretário do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, professor Jacob Paiva explicou que, na prática, serviços voltados principalmente aos estudantes de baixa renda também ficam prejudicados.

Assim como os trabalhos que professores e alunos fazem junto à população: “você tem uma inclusão dos alunos oriundos da escola pública, as políticas afirmativas das cotas”.

Coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, daniel Cara alerta para outro problema: a PEC 241, que propõe limitar pelos próximos 20 anos o aumento dos gastos públicos. A ameaça, na avaliação dele, é de paralisar completamente os serviços nestas instituições.

“Se essa PEC prosperar, ela determina um teto de investimento nas políticas sociais e, se isso for levado à cabo, a relaidade é que univerisdades federais terão grande risco de parar seu funcionamento”, disse.

Essa semana a Comissão de constituição e justiça da Câmara aprovou a PEC 241 para que ela siga sua tramitação no congresso.

Enquanto isso, na semana passada, o Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi fechado porque não havia dinheiro para o pagamento de empresas terceirizadas que fazem vigilância e limpeza.

*Informações da repórter Helen Braun

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