Corte de recursos reduz vagas para a formação de novos policiais

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2016 08h19
Talita França /Secretaria de Segurança Pública SP Polícia Militar

 O secretário de Segurança Pública de São Paulo admitiu que o número de vagas para a formação de novos oficiais da polícia será menor em 2016 por causa do contingenciamento de recursos da pasta. Mágino Alves Barbosa Filho, que participou de uma cerimônia de entrega de espadins aos 248 novos cadetes da Academia de Polícia do Barro Branco, nesta terça-feira (24), não detalhou se os cortes também atingirão outras áreas.

No entanto, o secretário esclareceu que a redução das vagas pela metade será compensada no futuro, e que o corte não compromete o serviço prestado à população: “Nós estamos vivendo um momento de contingenciamento de recursos. Vamos tentar aumentar o número de vagas, e provavelmente ter turmas maiores no futuro, quando a economia permitir. Mas não se preocupe a população de São Paulo, porque a formação dos policiais militares continuará gozando do mesmo nível de excelência de antes da crise financeira”.

Se mantida a procura do ano passado e levando em consideração o corte de vagas de 248 para 131, o concurso da escola de oficiais poderá ser mais concorrido do que carreiras tradicionais. Serão, em média, 117 candidatos por vaga no Barro Branco em 2016, contra 71 na Faculdade de Medicina da USP.

O secretário de Segurança Pública garantiu ainda que não há diferença de tratamento da PM entre protestos pró e contra governo. Mágino Alves justifica a ação para a retirada de manifestantes contra Michel Temer na região de Pinheiros, onde mora o presidente em exercício, como legítima, já que se trata de um bairro estritamente residencial: “Se houvesse a possibilidade que eles se manifestassem sem impedir os moradores das cercanias do seu direito de entrar e sair de suas residências, não teria problema”.

No dia 23 de maio, um grupo que acampava na rua do presidente Temer foi expulso pela tropa de choque que usou jatos de água e bombas para dispersar os manifestantes.

Reportagem: Carolina Ercolin

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