CPI do Theatro Municipal indicia secretário de Haddad e maestro por irregularidades
Com a rejeição do relatório oficial, e a aprovação de outro paralelo, terminou a CPI do Theatro Municipal, nesta quinta-feira (20).
Documento feito pelos vereadores Ricardo Nunes (PMDB) e os tucanos Quito Formiga e Salomão Pereira sugere ao Ministério Público o indiciamento do secretário de Comunicação Nunzio Briguglio, por suposta parciticação em esquema de corrupção.
Esta foi uma das derrotas do governo, que já havia perdido mais cedo por não ter aprovado o relatório elaborado pelo relator, vereador Alfredinho do PT.
O rombo total aos cofres municipais chega a quase R$ 22 milhões, valor muito maior aos R$ 15 milhões previstos inicialmente.
O prefeito Fernando Haddad também havia sido incluído no relatório, mas foi retirado após votação que pedia a exclusão de seu nome e o do secretário.
A sessão que aprovou o relatório final foi bastante tumultuada e o governo pressionou para a retirada dos nomes de Haddad e Briguglio.
Ricardo Nunes classificou como “emblemático” o modo como se encerrou a CPI, referindo-se à pressão do governo.
Para Alfredinho, as mudanças foram meramente políticas, pois não há comprovação de crime contra o secretário de Haddad.
O presidente da CPI, Quito Formiga, negou que tenha havido traição a algum acordo com o governo e garante que a CPI tem provas para incriminar as pessoas que estão no relatório final.
Além do secretário, também são acusados pela CPI o ex-diretor da Fundação Theatro Municipal José Luis Herência, o ex-diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, William Nacked, e o maestro John Neschling, ex-diretor artístico do Municipal
A Prefeitura de São Paulo, em nota, diz que “o secretário depôs exaustivamente na CPI sobre todas as questões formuladas e que seu nome não aparece nem no relatório da Controladoria Geral do Município que apurou os desvios nem no relatório da intervenção da Fundação Theatro Municipal.
Também em nota, Eduardo Carnelós, advogado do maestro John Neschling, diz que o relatório é ilegal, pois a CPI foi extinta no dia 5 de outubro por decurso de seu prazo de funcionamento.
Confira a reportagem completa de Fernando Martins:
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