CPI dos Fundos de Pensão deve aquecer clima pró-impeachment

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2016 11h23
Brasília - DF, 11/01/2016. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de sanção do marco legal da ciência, tecnologia e inovação e lançamento da chamada universal no Palácio do Planalto. Foto: Ichiro Guerra/PR Ichiro Guerra / PR Dilma Rousseff

 Após ver arrefecimento na questão do impeachment, a oposição busca usar a crise econômica e as CPIs na Câmara para enfraquecer o governo. Parlamentares foram para o recesso com a sensação de que o impedimento da presidente ficou mais distante, após o Supremo Tribunal Federal alterar o rito do processo. Porém, os dados negativos da economia podem jogar a opinião pública contra Dilma Rousseff e esquentar novamente o clima pró-impeachment.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, afirma a Victor La Regina, que o processo só terá seguimento se houver forte pressão popular: “Depois da decisão do STF, houve uma arrefecimento no ambiente pró-impeachment, dentro do próprio Congresso Nacional. Mas não há inviabilização em si do processo. Ele só irá para frente se houver pressão popular”.

Uma das CPIs que pode aumentar a pressão contra o governo é a dos fundos de pensão, que investiga prejuízos causados pela corrupção nas entidades. Integrante da comissão, o deputado Raul Jungmann, do PPS, vê similaridades entre o escândalo dos fundos e o petrolão: “Aqueles que fizeram o mensalão e o petrolão são praticamente os mesmos que assaltaram os fundos de pensão. Isso vai ficar claro e, portanto, o desgaste que vai reverter tanto para o governo, para o PT e partidos da base, só tende a crescer”.

O deputado prevê muitas dificuldades nos trabalhos com tentativas insistentes da base aliada de travar o andamento da comissão. Além da crise, da pressão popular e das CPIs, a oposição espera novos desdobramentos da Lava Jato para desgastar ainda mais a imagem do governo.

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