Credibilidade brasileira é colocada em risco após nova crise, avaliam analistas

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2017 07h06
BIE - Banco de imagens externas: Vista aérea da Bandeira Nacional. Uma gigantesca bandeira nacional pende continuamente no mastro da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Feita de náilon paraquedas, ela tem 20 metros de comprimento e 14 metros de altura. São 280 metros quadrados. Desde 2000, uma empresa de Cascavel (PR) confecciona a bandeira, que é trocada todo mês. Diz Sérgio Tomasetto, proprietário da fábrica: - Grande parte das bandeiras tem o preto e o vermelho, que indicam que o país enfrentou guerra. A nossa, não. O verde e o amarelo formam uma combinação singular, que torna a nossa bandeira bela, emocionante e inconfundível. Jefferson Rudy/Agência Senado Bandeira do Brasil

Analistas internacionais entendem que credibilidade do Brasil mais uma vez é colocada em risco após nova crise gerada pelas delações da JBS.

Especialistas ouvidos pela Jovem Pan entendem que os avanços dos últimos doze meses vinham melhorando a imagem do País no exterior.

Professor da Universidade de Columbia ressaltou que a desconfiança gerada pelo episódio mostra que a economia brasileira ainda é refém da política.

Marcos Troyjo reforçou que há uma decepção com o país observada na opinião pública internacional. “O real foi uma das moedas que mais ganhou valor nos últimos 12 meses no mundo. A Bolsa de Valores de SP foi uma das que mais se apreciou neste período, o risco país caiu de maneira significativa, e de repente, mais uma vez a gente vê que a economia está refém da política”, disse.

O professor crê que uma mudança na Constituição com a adoção da eleição direta em caso de impeachment ou renúncia de Michel Temer não pegaria bem para o Brasil no exterior.

O diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, em Washington, Paulo Sotero, disse que a forma como o País vai lidar com a crise será primordial para a volta da confiança. “A economia, sobretudo, no meio financeiro, quando a economia parecia estar fazendo uma guinada, vai depender muito da resposta dada a esta crise. Eu acho que disso sim vai depender a volta da confiança dos investidores brasileiros e americanos”, explicou.

Ele acrescentou que ainda existe no exterior a expectativa que o País consiga fazer as reformas estruturantes, mesmo com a saída ou não de Michel Temer.

*Informações do repórter Anderson Costa

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