“A crise chama-se Dilma Rousseff” diz cientista político

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2015 09h51
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O cientista político Bolivar Lamounier, do Idesp (Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo), em seminário em São Paulo (SP). Junto com o também cientista político Amaury de Souza, ele acaba de concluir um estudo baseado em entrevistas com 500 lideranças de diversos segmentos. Segundo sua análise, xiste hoje um consenso muito maior entre as elites brasileiras sobre as questões que envolvem o desenvolvimento do país do que havia no final dos anos 80. (São Paulo, SP, 04.11.2002. Foto: Raphael Falavigna/Folhapress. Negativo 200213524) Raphael Falavigna / Folhapress Bolívar Lamounier

 Em entrevista ao Jornal da Manhã, o cientista político Bolívar Lamounier comenta o debate sobre a possibilidade do cancelamento do recesso parlamentar. Ele afirma que não acredita que um julgamento mais rápido tenha mais chance de culminar no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Lamounier afirma que, ao contrário, mais tempo poderia ajudar a mobilizar uma maior parcela da população: “Penso que depois do Carnaval seria melhor. É muito importante o que está acontecendo. Precisa que os movimentos sociais que levantaram a questão do impeachment se manifestem”.

Para ele, um tempo maior para a discussão do processo conscientizaria mais pessoas sobre a continuidade do governo: “Precisa que o cidadão perceba o que significa a continuidade desse governo. A situação econômica diz tudo, o brasileiro está cansado de saber o que foram cinco anos de Dilma. Temos uma recessão de 4,5%, algo que só ocorreu na década de 30”.

Sobre as características do processo, o cientista comenta: “O problema é que o impeachment é jurídico e político. Eu raciocino que quanto mais mobilização houver, melhor. Mas o processo está deflagrado, a opinião pública tem conhecimento e o importante é resolver esse problema. A crise chama-se Dilma Rousseff”.

Confira a entrevista completa do Jornal da Manhã.

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