Crise no Orçamento também afeta pagamento a servidores paulistas
Crise orçamentária também afeta cidades paulistas que atrasam pagamentos a fornecedores e salários do funcionalismo. Os prefeitos de quase todos os municípios atribuem os problemas à diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS.
A cidade de Americana, na região de Campinas, decretou calamidade financeira e pode tomar a mesma medida na área da saúde. O prefeito Omar Najar disse que é obrigado a atrasar salários e só consegue melhorar a situação da folha quando os tributos municipais entram na conta.
Najar atribui o descontrole das contas também à má gestão do antecessor Diego de Nadai, cassado em 2014 por irregularidades na campanha.
Na região de Bauru, o prefeito de Agudos, Everton Octaviani, não atrasou salários, mas postergou o pagamento de fornecedores.
O panorama é sombrio para os executivos de todas as cidades do País que vão começar mandatos no ano que vem ou que tenham sido reeleitos.
O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos e prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, descreveu ao repórter Vitor Brown o tamanho do problema. “O grande desafio é compatibilizar a queda de Orçamento com as demandas crescentes da população por mais e melhores serviços. Os prefeitos terão que se adequar a essa realidade cortando o máximo de recursos que puderem e racionalizando a gestão. Ao mesmo tempo não é possível pedir mais recursos do Governo federal”, disse.
Outros municípios paulistas como Sorocaba, Vinhedo, Marília e Limeira apertaram ainda mais os cintos para não comprometer o orçamento.
Demissão de comissionados, corte de horas extras de concursados e repasse da gestão de departamentos à iniciativa privada estão entre as medidas tomadas.
*Informações do repórter Tiago Muniz
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.