Crise política pode se agravar se STF admitir posse de Lula na Casa Civil

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2016 07h27
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Brasília - O novo ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de posse (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil - 17/03/16 Lula durante nomeação na Casa Civil

 A oposição aposta que a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre posse de Lula na Casa Civil pode agravar crise política do governo. O STF deve julgar nesta quarta-feira (20) se houve desvio de finalidade na nomeação do ex-presidente, que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal. Há um mês, o ministro Gilmar Mendes suspendeu a posse, entendendo que o ato teve como objetivo tirar o petista da alçada do juiz Sérgio Moro.

Para o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino, a ida de Lula para o ministério seria o achincalhe final do governo Dilma: “O próprio procurador-geral da República já reconheceu que há desvio de finalidade da presidente da República, no caso do ex-presidente Lula. O governo do PT já achincalhou muito o Brasil e, portanto, esse seria mais um achincalhe”.

Para a oposição, ficou claro por meio das escutas divulgadas pela Polícia Federal que o ex-presidente só foi escolhido para obter o foro privilegiado. O deputado Rubens Bueno, do PPS do Paraná, afirma a Victor La Regina que tanto Lula quanto Dilma perderam autoridade moral no País: “Não tem mais razão de ser, não tem mais autoridade moral para pedir o que quer que seja para alguém. Daí nós continuamos com a mesma história. A Dilma também já perdeu sua autoridade moral. Ninguém mais acredita neles, eles mentiram o tempo todo”.

Já o PT acredita que o Supremo Tribunal Federal deve reconsiderar a decisão do ministro Gilmar Mendes. O presidente nacional da legenda, Rui Falcão, explica a Anderson Costa que não há motivos impedindo Dilma de indicar Lula para a Casa Civil: “Não há nenhuma razão para que a presidente, no amplo exercício do seu mandato de poder, não possa exercer a prerrogativa de nomear um ministro, sobretudo um ministro como o presidente Lula. Acho que houve uma tentativa de enfraquecer o governo, impedindo a posse legítima do presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil”.

Após a aprovação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, foi colocada em dúvida a sessão do Supremo para julgar a situação de Lula. No entanto, os ministros entenderam que como Dilma fica na presidência até pelo menos a votação do Senado, não haveria por que adiar a decisão.

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