Cunha não tem condições de presidir nem o condomínio em que mora, diz deputado
O debate sobre a manutenção de Eduardo Cunha como presidente da Câmara continua entre os deputados. Entre eles está Júlio Delgado (PSB-MG), que defende o afastamento do parlamentar porque acredita que a presença de Cunha contamina o processo de votação do impeachment.
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) se recusa até a chamar Eduardo Cunha de presidente: “O deputado Eduardo Cunha, que eu pelo menos não chamo mais de presidente, porque ele não tem nenhuma condição ética e moral de ser presidente nem do condomínio em que ele mora, o que dizer da Câmara federal do Brasil. (…) É o jogo daqueles que não conseguiram chegar ao poder pelo voto e tentam na calada da noite se articular em reuniões para chegar ao poder sem votos, e o deputado Eduardo Cunha é um dos líderes desse golpe”.
Em sua própria defesa, Cunha garante que vai presidir a sessão sobre o impeachment da presidente: “Eu vou presidir as sessões da Câmara as quais o regimento me dá o direito de fazê-lo”.
Os principais partidos de Oposição (DEM, PSDB e PPS) defendem o afastamento de Cunha da presidência, mas não fazem pressão. Isso porque entendem que uma troca de presidente agora poderia atrasar o impeachment de Dilma Rousseff, que para as legendas deve ser a prioridade na Câmara.
Informações do correspondente da Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.