De 31 empresas distribuidoras de energia, 23 têm risco financeiro elevado

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2016 10h13
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Marcos Santos / USP Imagens Energia elétrica

Situação financeira caótica da maior parte das distribuidoras de energia no País é fruto do intervencionismo dos governos petistas nos últimos anos. Com dados de 2014, técnicos apontam que 74% das empresas não estão enquadradas em critérios de sustentabilidade definidos pela Aneel.

Das 31 maiores distribuidoras de energia do País, responsáveis por 96% do faturamento do setor, 23 estão com risco financeiro elevado.

O ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, Afonso Henrique Moreira Santos, professor da Universidade Federal de Itajubá, apontou os erros do PT: “eles levaram a uma desorganização setorial enorme e as distribuidoras passaram a bancar coisas que não deveriam bancar”.

Mas as empresas distribuíram R$ 3,4 bilhões em lucros e dividendos em 2014, mesmo as que acumularam prejuízo ou dívidas.

Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, avaliou que a saída é buscar novos investimentos: “tem um processo que é de revitalização das distribuidoras da sua capacidade financeira. algunsproblemas pontuais que imagino que serão corrigidos assim que tiver mais fôlego para investir”.

O quadro do sistema de distribuição e o endividamento das companhias foi detalhado em auditoria feita a pedido do Tribunal de Contas da União. Endividadas, as empresas de energia não cumprem programas de investimento, pioram a qualidade do serviço e oneram usuários por ineficiência.

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