Debate sobre Maranhão tira foco de votações na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2016 08h55
Brasília - Presidente interino da Câmara, Valdir Maranhão, durante pronunciamento na sala de reuniões da presidencia da Casa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Presidente interino da Câmara dos Deputados

Antes pressionado para renunciar, Waldir Maranhão recebe agora o apoio da tropa de Cunha e é considerado fundamental para aprovar medidas do governo Temer. O presidente interino da Câmara ficou perto de sair da cadeira depois de anular a votação do impeachment de Dilma Rousseff e voltar atrás. Maranhão ficaria no cargo, mas as sessões seriam presididas pelo segundo vice-presidente da Casa, Fernando Giacobo (PR).

Outro nome cotado para assumir é o primeiro secretário da Câmara, Beto Mansur, que defende a permanência de Maranhão para não travar os trabalhos: “Na minha opinião seria uma absurdo, depois de tanto tempo, da gente tentar derrubar a Dilma do poder através do impeachment, que a gente agora na Casa esteja discutindo o problema do Maranhão e paralisa a Casa para as propostas que o governo manda. As lideranças têm que ter um pouco de paciência, ver se isso dá certo e tocar a vida”. Beto Mansur e Giacobo integram o “centrão”, grupo de Eduardo Cunha que articula sua salvação no Conselho de Ética e a volta à cadeira de presidente.

Falando ao repórter Victor La Regina, o líder do DEM na Casa, Pauderney Avelino, chama a permanência de Maranhão de gambiarra: “Eu lhe digo a quem interessa essa gambiarra. Interessa ao deputado que era presidente e está afastado, Eduardo Cunha, que mantém o Maranhão ao seu lado, e depois ao centrão, que dizem que estão de acordo com ele para fazer isso. Não devemos de forma nenhuma aceitar essa solução”.

O PSDB, DEM e PPS seguem pressionando pela renúncia de Waldir Maranhão, mas descartam que vão obstruir as votações na Casa. O presidente interino está sendo procurado por ministros para colaborar com as propostas enviadas pelo governo Michel Temer.

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