Decisão de libertar réus da Lava Jato causa mal-estar entre ministros do STF
Decisões da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal de libertar acusados da Lava Jato causam mal-estar entre ministros da Corte.
Na terça-feira (25), os magistrados votaram pela liberdade do pecuarista José Carlos Bumlai e do ex-tesoureiro do PP, João Cláudio Genu.
O relator da Operação Lava Jato no STF, Edson Fachin, era contrário, porém, foi voto vencido na sessão.
Para ele, a permanência de Bumlai e Genu na prisão era necessária pelos riscos à investigação e à possibilidade deles cometerem novos crimes.
Nesta quarta-feira (26), o ministro Gilmar Mendes, que votou pela libertação dos acusados, comentou o resultado. “Acho que o tribunal viu por bem estabelecer limites em relação às prisões”.
O ministro-relator da Lava Jato no Supremo ainda citou uma obra teatral de um dramaturgo norueguês para falar sobre o julgamento.
Na obra “Inimigo do Povo”, o doutor Stockman se torna odiado pela população local ao denunciar a contaminação das águas da cidade, que atraía turistas devido à estação balneária.
O personagem acaba a peça isolado por colocar em risco os lucros dos conterrâneos.
Na semana que vem, a Segunda Turma do STF poderá julgar a manutenção da prisão do ex-ministro José Dirceu.
*Informações do repórter Anderson Costa
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