Déficit habitacional acarreta vandalismo e empobrecimento, segundo ministro
Ministro das Cidades analisa que combate ao déficit habitacional no Brasil acarreta aspectos negativos como: empobrecimento da população, degradação e vandalismo. Atualmente, segundo a pasta, são cerca de 6 milhões de pessoas sem moradia no País.
Bruno Araújo participou do seminário “Moradia e Espaço Público: uma discussão do Minha Casa Minha Vida”, promovido pela Fundação FHC.
De acordo com o ministro, empreendimentos mais recentes, que se aproximam de mil ou mais unidades, colaboram, também, para outra presença desfavorável: “é desses empreendimentos serem tomados por milícias”.
Por isso, a pasta das Cidades estuda limitar o tamanho dos ambientes dos conjuntos habitacionais construídos pelo programa do Governo federal, relatou o ministro Bruno Araújo.
O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, pontuou que este problema não é exclusivo do Brasil. “Eu morava na França nos anos 1960 e havia o mesmo programa, que aumentava a criminalidade, isolado da cidade”, disse.
Diretora da Companhia de Desenvolvimento Habitacioanl e Urbano, Elisabeth França, observa que o embaraço é visto logo na seleção de quem recebe o benefício do Minha Casa Minha Vida. “Isso também precisa ser refinado. O subsídio precisa ir para quem precisa”, afirmou.
Durante o seminário muitas críticas sobre a distância dos empreendimentos de centros urbanos, uma contradição dos projetos habitacionais em relação às construções. Muito se questionou também sobre o saneamento básico, são 100 milhões de brasileiros sem tratamento adequado, indicou o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
*Informações do repórter Felipe Palma
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