Delações criam impasse e podem prejudicar reformas no Congresso
Impasse político domina Governo e coloca em risco discussão das reformas no Congresso. O presidente Michel Temer nem pode comemorar a tímida retomada econômica, aguardada para deslanchar uma agenda de projetos fiscais.
A Lava Jato atinge o primeiro escalão ministerial e as incertezas voltam a preocupar os setores produtivos e o dia a dia dos brasileiros.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, minimizou a crise política e seu impacto na tramitação das reformas. “A reforma da Previdência recoloca o Brasil em condições de voltar a crescer, voltar a se desenvolver e voltar a gerar rendas para as famílias”, disse.
Maia lembrou que a União enviou o projeto de socorro aos estados com a premissa da obrigatoriedade das contrapartidas fiscais dos governadores.
Mas o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, prometeu que a oposição irá mobilizar sindicatos e a população sobre o impactos das reformas: “a luta é a luta pelo Brasil soberano, pela valorização do trabalho, pela afirmação de projeto com Estado social que não pode ser demolido pela aventura de alguns parlamentares comprados pelo dinheiro e pelo capital”.
A pauta do governo inclui além da Previdência, as reformas Trabalhista e Tributária, temas impopulares que dependem da base governista unida.
O relator da Reforma Tributária, o deputado Luiz Carlos Hauly, do PSDB do Paraná, admitiu o retorno da polêmica CPMF.
Na última semana, José Serra deixou as Relações Exteriores e Eliseu Padilha pediu licença da Casa Civil, para uma cirurgia na próstata, nesta segunda-feira (27).
José Yunes, amigo pessoal de Temer, denunciou Eliseu Padilha por ter sido usado para receber dinheiro da Odebrecht, em 2014.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.