Delator da Odebrecht divulga apelidos de políticos abonados por propina

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2017 07h40
Agência EFE Fachada da Odebrecht - EFE

Além dos valores recebidos por políticos em propina paga pela Odebrecht, o ex-executivo da empreiteira, Benedicto Junior expôs os apelidos dos envolvidos.

Segundo o delator, muitos receberam caixa dois em campanhas eleitorais. Benedicto confirmou que tinha autonomia de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, para fazer os pagamentos, feitos por outros executivos também.

O ex-executivo era o responsável por consolidar a lista e discuti-la com presidentes de outras empresas.

Os apelidos, na maioria das vezes, eram relacionados ao sobrenome ou ao local de atuação dos políticos.

Ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, chamado de Neto, morto em acidente de avião, embolsou R$ 11 milhões segundo a delação.

ACM Neto, prefeito de Salvador, R$ 2 milhões, codinome Anão. Paulinho da Força, deputado federal, chamado de Boa Vista e o então ministro da Cultura, Roberto Freire, o Curitiba, receberam R$ 200 mil.

Fernando Capez, atual presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, denominado de Brasília, recebeu R$ 100 mil.

Chamado de Tacaré, o deputado federal Celso Russomanno, e o deputado federal e ex-ministro de Dilma, Edinho Silva, Cambé, receberam R$ 50 mil. À época presidente nacional do PT, José Genoino, recebeu R$ 30 mil, e tinha o apelido de Natal.

Alguns apelidos são mais extravagantes:

Bruno Araújo, atual ministro das Cidades R$ 600 mil era o Jujuba. O governador do Rio Grande do Norte, que recebeu R$ 100 mil, tinha o apelido de Bonitinho. O Comprido era Agnelo Queiroz, ex-governador do DF, que recebeu R$ 1 milhão.

O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, era denominado de Justiça, e garantiu R$ 500 mil. A Amante era a senadora Gleisi Hoffmann, com R$ 4,1 milhões.

Ainda tinham o Pelé, o Benzedor, o Biscoito, o Lento, o Soneca e o Viagra, deputado federal Jarbas Vasconcelos.

*Informações do repórter Felipe Palma

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