Delator revela que foi enviado para coordenar reforma de sítio em Atibaia
O engenheiro da obra do sítio de Atibaia contou aos procuradores da Operação Lava Jato, em delação premiada, que ajudou a fazer um contrato falso para esconder o nome da verdadeira autora da reforma: a Odebrecht.
Emyr Costa também admitiu nunca ter lidado com tanto dinheiro vivo como na ocasião. Chegou a comprar um cofre para guardar R$ 500 mil repassados pela empreiteira.
O sítio está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva.
No entanto, os investigadores da Lava Jato dizem que há indícios de que a propriedade pertenceria ao petista e de que a escritura apenas oculta o nome do verdadeiro dono.
Emyr revelou que alguns dos pedidos foram bem específicos e faziam referências diretas ao ex-presidente.
Segundo o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, o sítio não é de propriedade do ex-presidente e as delações não apresentam nenhuma novidade.
Emyr Costa é um dos 78 executivos e ex-dirigentes da Odebrecht que fizeram acordo com a Procuradoria Geral da República para relatar irregularidades cometidas pela construtora em troca de eventual redução de pena.
Confira a reportagem completa de Carolina Ercolin:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.