Depois de 22 reuniões, CPI da Merenda aprova relatório e isenta políticos
A CPI da Merenda terminou nesta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa de São Paulo.
A sessão foi marcada por confusão, bate-boca e empurra-empurra entre policiais e estudantes, que foram retirados do plenário.
Até mesmo os parlamentares não pouparam acusações entre si, indo muito além da CPI.
Foram 22 sessões para que os deputados pudessem chegar ao texto final, aprovado por 6 votos a 1 e provocando insatisfação entre deputados da oposição.
O deputado Alencar Santana, do PT, pede que a justiça apure as responsabilidades de todos e dê medidas cabíveis.
O parlamentar petista lamentou que seu relatório não tenha sido aprovado e disse que vai cobrar resultado, mesmo com o fim da CPI.
A CPI concluiu que não havia indícios da participação do presidente da Assembleia, Fernando Capez, ou de outros políticos no esquema.
Marcos Zerbini, do PSDB, presidente da comissão, analisa que o relatório foi extremamente fiel e não deixou nada de fora.
Zerbini acrescenta que o relatório, com voto de todos os parlamentares, sugere nova CPI para apurar irregularidades em contratação de merenda em prefeituras do estado de São Paulo.
Estevam Galvão, deputado do DEM, relator da CPI, garante que os trabalhos deixaram saldo positivo e não terminou em pizza.
O relatório pede indiciamento de Jéter Rodrigues Pereira e José Merivaldo dos Santos, ex-assessores do gabinete de Capez.
Há a suspeita de que tenham recebido dinheiro de um contrato entre a Coaf e o governo estadual para fornecimento de suco de laranja para a merenda.
Outro que consta do relatório é o ex-chefe de gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, o Moita, apontado como suspeito de ter usado seu cargo para interferir em favor da Coaf.
A lista traz ainda cinco funcionários da Secretaria da Educação, e 12 nomes ligados à Coaf, como ex-presidente da cooperativa Cassio Chebabi e o lobista Marcel Ferreira Julio.
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